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Cultura

Sardoal: Semana Santa vai poder ser vivida durante todo o ano

10/04/2017 às 00:00
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Miguel Borges havia anunciado que a estratégia do Município de Sardoal passa pelo turismo cultural, religioso, patrimonial e de natureza. Como tal, o município candidatou-se ao PARU - Plano de Ação e Regeneração Urbana, que existe só para os centros históricos. Depois de aprovadas as candidaturas, são cerca de 900 mil euros que a Câmara Municipal vai ter disponíveis para a concretização de três projetos de regeneração urbana.

O Município de Sardoal fez a candidatura “no âmbito de uma estratégia de rejuvenescimento e regeneração do nosso centro histórico com alguns projetos que gostávamos de ver desenvolvidos”, afirmou o presidente. Trata-se então do espaço partilhado para as artes e ofícios no antigo Lagar dos Paulinos, os passadiços na zona histórica e o Centro de Interpretação da Semana Santa e do Património Religioso na Capela de Nossa Senhora do Carmo, em cerca de 300 mil euros. Projetos que vão contar com um apoio financeiro comunitário de 85%.

A Capela de Nossa Senhora do Carmo é propriedade do Município e, segundo Miguel Borges, “se nós gostamos e queremos ver o nosso património recuperado, a Autarquia tem que dar o exemplo”. No entanto, “não vamos recuperar apenas em termos arquitetónicos. Vamos dar vida e conteúdos com a criação do Centro de Interpretação da Semana Santa e do Património Religioso”.

Em qualquer altura do ano, “quem vier ao Sardoal e sentar-se na Capela de Nossa Senhora do Carmo pode sentir, com a devida distância, o que é, por exemplo, a Procissão dos Fogaréus”. Através de um sistema tridimensional, em poucos minutos o visitante está a viver os momentos da Semana Santa.

“Nós na Semana Santa vendemos os bilhetes todos, como costumo dizer, e é importante potenciar tudo isto nos restantes dias do ano. Há aqui uma atratividade para quem não pode vir na Semana Santa e, por outro lado, é um desafio para quem não conhece nos visitar nessa altura”, acrescentou o autarca. Miguel Borges adiantou ainda que tudo isto vai acontecer na Capela de Nossa Senhora do Carmo “sem descaracterizar minimamente a igreja”.

Quanto à recuperação do antigo Lagar dos Paulinos, “queremos manter o que está em bom estado e criar um espaço museológico, bem como um espaço partilhado das artes e ofícios onde as pessoas possam trabalhar e desenvolver os seus trabalhos”.

Já a criação de algumas passadeiras centrais em algumas ruas da zona histórica da vila vai facilitar a circulação de peões pois, diz Miguel Borges, “se nós queremos que as pessoas habitem no centro histórico, temos que lhes dar condições”.

Patrícia Seixas