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Rio de Moinhos: Adro é recuperado para homenagear o passado e garantir dinâmicas futuras

7/01/2019 às 00:00
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O Adro da Igreja Matriz de Rio de Moinhos, Abrantes, foi este domingo inaugurado ao início da tarde, após as obras de requalificação do espaço.

A comunidade saiu à rua para assistir ao momento, que foi iniciado com uma Eucaristia, na Igreja Matriz, seguido do momento inaugural e finalizado com a presença do Orfeão de Abrantes, que abrilhantou a cerimónia com um Concerto de Reis.

Em declarações à Antena Livre, e visivelmente feliz, Rui André, presidente da Junta de Freguesia, disse que se tratou de “uma obra muito importante para a freguesia, que era necessária há muitos anos”.

Para além da inauguração do espaço, os antepassados da freguesia foram homenageados e uma placa em seu louvor foi descerrada com a presença de Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes e de Manuel Jorge Valamatos, vereador.

Rui André recordou que “desde os meados do séc. XVI ao séc. XIX, as pessoas eram sepultadas neste adro e, também por isso, era necessário valorizar este espaço, homenageando os nossos antepassados e valorizando a Igreja. Quisemos que este espaço ficasse mais aprazível para ser utilizado por todos”.

Outro momento que marcou a cerimónia, foi a plantação de um sobreiro, em memória de Vítor Sobreiro, um homem que muito fez em prol da paróquia de Rio de Moinhos.

“O sr. Vítor Sobreiro ajudou muito a Paróquia e fez muito trabalho voluntário na igreja, em concreto obras e outros arranjos. E já tinha ficado decido quando o adro fosse recuperado que um sobreiro seria plantado com a presença dos seus familiares”, explicou o presidente.

Quando questionado sobre o antigo coreto, que se encontra no Adro, Rui André lembrou que a parte de baixo do equipamento “já foi arranjada”. Assim, e ainda este ano, a Junta de Freguesia “vai fazer um acesso ao coreto”. Depois, vai avaliar “a interação das pessoas com o equipamento e talvez, num futuro próximo, concluí-lo”.

Rui André lembrou que se trata de uma estrutura “com quase 100 anos e que é um autêntico miradouro do rio Tejo”.

Momento inaugural

Presente na inauguração, Maria do Céu Albuquerque começou por dizer que aquele adro era “uma obra merecida e já bastante esperada”.

De seguida, fez referência aos contratos inter-administrativos estabelecidos entre a Câmara de Abrantes e as Juntas de Freguesia, que caracterizou de “parcerias que funcionam”. Pois, “entende a Câmara que não deve fazer tudo sozinha, que deve dar os meios necessários e suficientes para que as Juntas de Freguesia possam ter outra capacidade de ação e de obra”.

“Entendemos que as Juntas são capazes de fazer. Estão mais próximas das pessoas e é muito importante descentralizar as nossas competências (…) A nossa disponibilidade foi apenas financeira e técnica para que a Junta de Freguesia pudesse concretizar e ser a dona de obra desta intervenção”, fez notar a autarca abrantina.

Na ocasião, e perante um adro cheio de fregueses, a presidente referiu que “mais importante do que valorizar a obra física, importa valorizar o simbolismo deste espaço, porque lembramos os entes queridos de muitos que aqui estão e já não estão. Mas depois, lembramos um benfeitor desta terra e plantamos uma árvore com o seu nome para que possamos perpetuar a sua memória”.

“E quando celebramos o Ano Nacional da Colaboração é disto que estamos a falar, é de nos envolvermos todos enquanto comunidade, para podermos aspirar a um futuro melhor”, acrescentou.

Por último, Maria do Céu Albuquerque desejou um bom ano aos presentes e referiu que novas intervenções vão surgir na freguesia, fruto da relação de parceria entre a Câmara e a Junta de Freguesia: “Em breve, aquele triângulo [contíguo ao adro] que está por reparar, na sequência da demolição de uma casa, que era uma aspiração de toda a comunidade para facilitar o trânsito neste nó, será feito”.  

A recuperação do Adro da Igreja Matriz de Rio de Moinhos representou um investimento na ordem dos 40 mil euros.