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Sociedade

"A cidade não manda no campo" quer defender o interior e as suas tradições

9/10/2019 às 00:00
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Depois das eleições um grupo de cidadãos apartidários e sem apoio de qualquer estrutura associativa ou setorial está a agendar uma manifestação em defesa do interior do país. O movimento, ainda sem nome, tem à cabeça o cidadão abrantino André Grácio que, desta forma, pretende lançar o protesto nacional "A cidade não manda no campo".

Nas linhas gerais do movimento espontâneo, criado após os resultados das legislativas de domingo que elegeu quatro deputados "animalistas" foi criado um grupo no Facebook que em 72 horas criou mais de 16 mil seguidores.

Ao que a Antena Livre sabe o grupo foi suspenso porque o seu mentor está a aguardar a autorização do Ministério da Administração Interna para a realização de uma manifestação pacífica em Lisboa, em frente à Assembleia da República.

Este movimento cívico está fora de qualquer alinhamento partidário e pretende defender o interior do país e as suas tradições e não aceita que sejam feitas Leis em Lisboa por pessoas que, tendo os seus ideais, não "entendem nada que é o campo, as suas realidades e as suas tradições". E neste grupo de cidadãos podem caber caçadores, pescadores, apicultores, agricultores, cavaleiros ou homens e mulheres do campo.

Na sua página da rede social o abrantino faz já o convite para a manifestação a ter lugar dia 22 de novembro, embora salvaguarde a necessidade da devida autorização das autoridades, e argumenta que está "descontente com quatro anos de políticas contra o interior, contra as atividades rurais e contra as tradições. E contra a eleição de quatro animalistas/fascistas para o Parlamento, obrigam-me a ter receios de mais quatro anos ainda piores".

Este grupo tanto poderá ser favorável à caça, como às atividades tauromáquicas como contra as portagens elevadas na A23. E querem deixar os animais de lado da discussão e da luta, pois, afirmam nada ter contra o ambiente ou a defesa dos animais. Entendem assumir-se, com a prioridade, de defender o interior e o campo.

Assim que haja a devida autorização para a manifestação nacional em Lisboa o movimento vai ganhar corpo que, ao que espera o mentor, irá acontecer por todo o país.

Para esse dia, pode ler-se na mesma publicação na rede social, haverá um comboio para levar os "manifestantes" desde a beira até à capital portuguesa.