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Covid-19/Abrantes: A questão das máscaras sociais, a necessidade de testes e os idosos em lares ilegais

16/04/2020 às 00:00
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Câmara Municipal Abrantes (DR: AL e JA)

Máscaras sociais – Câmara está a “tentar preparar-se” para dar resposta a cidadãos

Nestes tempos de pandemia, há assuntos que têm de ser abordados como a questão do uso de máscaras, a necessidade de testes de diagnóstico e também a situação vulnerável dos idosos, muitos em casas de acolhimento não legalizadas.

Na reunião do executivo camarário de Abrantes, por videoconferência, o presidente da autarquia falou da atual situação no que diz respeito ao uso de máscaras, cuja mais recente recomendação da Direção-Geral da Saúde é o seu uso generalizado pela população em espaços fechados, para já.

Manuel Jorge Valamatos disse, no entanto, que está em crer que esta questão “vai ser muito mais” do que somente a utilização em espaços fechados.

Nesse sentido, há que começar a percorrer caminho a este respeito. O autarca garantiu que a Câmara Municipal está “a tentar preparar-se para conseguir eventualmente dar resposta, sobretudo aos cidadãos que não têm capacidade de adquirir máscaras. Temos de estar muito atentos”.

O presidente do Município deu também conta de que a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo está a analisar como pode contribuir em termos de adquirir máscaras comunitárias para distribuir pela população do Médio Tejo, desde que “isto represente a diminuição de taxas de contaminação”.

De referir que a CIM do Médio Tejo tem já, ultimamente, adquirido Equipamentos de Proteção Individual (EPI), sendo este depois distribuído pelos municípios pelas instituições (IPSS’s, Bombeiros, forças de segurança). Notícia relacionada: https://www.antenalivre.pt/covid-19/covid-19-municipio-de-abrantes-entrega-3200-mascaras-a-ipsss-do-concelho/

Manuel Jorge Valamatos deu a garantia de que vão ser feitos "todos os esforços que estiverem ao nosso alcance” para garantir a proteção da comunidade, mas não escondeu que um dos maiores problemas neste momento com a generalização do uso de máscaras é a sua aquisição.

“Não há no mercado, é muito difícil, os preços por unidade subiram de uma maneira vergonhosa - uma máscara que custava 0,50€ agora custa 2,50€ e eu acho que isso é absolutamente ridículo e vergonhoso”, constatou o autarca.

Testes – “Queremos ver se rapidamente a nossa região começa a ter mais testes”

Falando do desaconselhamento da realização de testes rápidos, posição tomada a nível da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Manuel Jorge Valamatos explicou que nas reuniões que tem tido com a CIMT e com a Proteção Civil e também a nível distrital – reuniões com o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, que coordena a execução do estado de emergência na Região de Lisboa e Vale do Tejo, Duarte Cordeiro – tem sido abordada a questão dos testes.

“Queremos ver se rapidamente a nossa região começa a ter mais testes, sobretudo nos lares, nos centros de dia, nesse tipo de entidades que nos preocupam mais, atendendo à questão de maior vulnerabilidade”.

Notícia relacionada: https://www.antenalivre.pt/covid-19/covid-19-prevencao-em-lares-e-prioridade-em-lisboa-e-vale-do-tejo-duarte-cordeiro-com-audio/

Lares – “Temos de tomar conta de todas as nossas pessoas, independentemente de estarem em lares mais legais ou menos legais”

O tema dos testes puxa, inevitavelmente, o tema dos lares de idosos e das casas de acolhimento não legalizadas, locais que, como têm anunciado as autoridades de saúde como a DGS, são pontos críticos de contágio e também parte relevante das vítimas mortais associadas à Covid-19.

Na reunião de Câmara de 15 de abril a questão foi levantada pelo vereador Armindo Silveira, do Bloco de Esquerda, que perguntou se “o executivo tem conhecimento de quantas Casas de Acolhimento existem no Concelho de Abrantes e se todas respeitam a legislação nomeadamente ao nível da lotação máxima de utentes”, e também se estão a ser efetuados testes à COVID 19 “tanto nas Casas de Acolhimento como nos Centros e Lares de Dia e Misericórdia de Abrantes”.

Em resposta, o presidente da autarquia revelou que a Segurança Social está a “fazer um levantamento exaustivo de todas as casas de acolhimento para que possamos dar respostas quer governamentais quer locais de igual forma às outras instituições”.

Referindo que neste caso as ações têm de ser tomadas seja “em lares mais legais ou menos legais”, Manuel Jorge Valamatos destacou que “estão lá pessoas e temos de tomar conta de todas as nossas pessoas” e, além disso, referiu que esta se trata, em termos globais, de uma preocupação “do ponto de vista da saúde pública”, importando “dar uma resposta a todos os cidadãos”.