Vinte e três das 59 albufeiras monitorizadas em Portugal continental tinham em agosto reservas inferiores a 40% do volume total e cinco estavam a 80%, segundo o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
No último dia do mês de agosto e comparativamente ao último dia do mês anterior verificou-se uma descida no volume armazenado em todas as bacias hidrográficas monitorizadas, de acordo com dados divulgados hoje pelo SNIRH.
A bacia do Mondego (70,5%) era a que apresentada no final de agosto maior disponibilidade de água, seguido do Cávado (67,2%), Douro (66,9%), Guadiana (64,6%), Lima, (63,9%), Tejo (63,1%), Ave (58%), Mira (49,6%) e Arade (43,8%).
As bacias do Sado (32,8%) e do Barlavento (39%) tinham os níveis mais baixos de armazenamento no final de agosto.
Os armazenamentos de agosto de 2019 por bacia hidrográfica apresentam-se superiores às médias de agosto (1990/91 a 2017/18), exceto para as bacias de Ribeiras do Oeste, Tejo, Sado, Guadiana, Mira e Ribeiras do Algarve.
A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.
O Boletim Climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), divulgado na quarta-feira, indica que Portugal continental manteve-se no final de agosto em situação de seca meteorológica, registando um ligeiro desagravamento em alguns locais das regiões do norte e centro.
De acordo com índice meteorológico de seca (PDSI), no final de agosto, 34,3% de Portugal continental estava em seca fraca, 29,6% em seca moderada, 22,9% em seca severa, 12% em seca extrema e 1,2% em situação normal.
O IPMA indica que em relação a julho, verificou-se no final de agosto uma diminuição da percentagem de água no solo em quase todo o território.
O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
Lusa