A vespa asiática também é um problema no concelho de Mação, embora de forma menos expressiva do que acontece noutros concelhos, segundo o vice-presidente da autarquia..
Este assunto foi levantado na reunião do executivo municipal, nesta quarta-feira, dia 25 de setembro. O vereador socialista Nuno Barreta revelou que há moradores, da vila, preocupados com a presença das vespas velutinas perto das suas casas, nomeadamente na zona do calvário. E questionou sobre a colocação de armadilhas por forma a “caças” estas vespas.
O presidente Vasco Estrela questionou sobre se a Proteção Civil já tinha sido informada, que é a entidade responsável por sinalizar e proceder à eliminação destes ninhos. No entanto, o presidente da Câmara revelou as suas preocupações com a presença do inseto no concelho, embora considere que há muito alarmismo em torno deste assunto.
Foi o vice-presidente António Louro quem deu as explicações, mais pormenorizadas sobre o assunto. Começou por dizer que não é especialista, embora tenha acompanho muitos deles por isso tem uma amplitude de informação muito técnica.
A vespa asiática está disseminada em todo o concelho, sendo a zona de Envendos a que tem apresentado menos ninhos detetados, embora já lá tenha chegado. Depois deixou a indicação que foram destruídos mais de 25 ninhos em todas as freguesias do concelho. Mesmo assim reforçou que é um número muito inferior aquele que os especialistas previram em 2018.
Também o vereador Vasco Marques deixou uma informação sobre esta temática, aludindo preocupações que lhe têm sido transmitidas por muitos munícipes. Mas começou por revelar que as pessoas, muitas vezes, fazem uma grande confusão entre a vespa crabro (a europeia) que é maior que a velutina e muito mais amarela.
Revelou o vereador de Mação que teve conhecimento que algumas pessoas foram picadas por vespas, mas que verificaram depois que era a crabro e não a asiática. De deixou o alerta que a vespa crabro que é natural da Europa pode ser mais agressiva do que a asiática. E notou ainda que são vespas que também circulam de noite e não apenas de dias, como as abelhas ou as nossas vespas “caseiras”, as mais pequenas.
Vasco Marques referiu ainda que alguns ninhos que lhe sinalizaram confirmou-se que eram da espécie crabro por isso não foram destruídos. Um deles foi mesmo testemunhado pelo autarca. “Fui ao local de noite e quando viram as luzes vieram para mim, pelo que a desliguei e meti-me no carro. E era um vespeiro de crabro”, disse Vasco Marques, deixando a informação que muitos habitantes já verificaram, que se vê muito mais a crabro do que se via noutros anos.
António Louro reforçou a informação baseada em especialistas que a presença mais forte a crabro pode ter impedido a expansão da velutina, já que são espécies inimigas, e ambas são carnívoras.
Por outro lado, deixou ainda a indicação que as armadilhas que são colocadas para apanhas a vespas serão mais eficazes na primavera do que agora, no outono. E é simples, é que é na primavera que as velutinas podem criar as rainhas e novas colónias. Agora apenas “andam no ar as obreiras”.
António Louro denotou a preocupação em relação à vespa asiática, que veio para ficar, e revelou que a proteção civil tem dois avisos distintos para colocar nos ninhos de asiática já eliminados e outro para colocar nos ninhos de vespa crabro, que são destruídos ou eliminados.
E depois reforçou a informação para que os munícipes que detetem um ninho contactem a proteção civil para que seja dado o tratamento adequado.
Já em relação ao alarme social em relação às velutinas voltou a ser reforçada a informação de que representam o mesmo perigo do que todas as outras. Para quem for alérgico. E só reagem se sentirem que o seu ninho está a ser atacado. Caso contrario fazem “a sua vida” como as outras, embora, como carnívoras que são, procurem gordura e proteína que encontraram nas abelhas-meleiras ou noutros insetos.
António Louro deixou ainda a indicação que a esta data, 25 de setembro, só tem dois ninhos por destruir e, porque implicam uma tecnicidade mais aprumada, ainda não foram tratados. Estarão em locais de acessibilidade muito dificultada.