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Sociedade

Sindicato e trabalhadores do Continente de Abrantes contra repressão laboral

18/12/2019 às 00:00
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O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) realizou esta quarta-feira, dia 18 de dezembro, uma ação à porta do supermercado Continente, em Abrantes, e acusa a direção de loja em Abrantes de comportamentos repressivos e atitudes impróprias com os trabalhadores.

Ivo Santos, coordenador da delegação de Santarém e Leiria do CESP revelou denunciou ainda que na loja de Abrantes “É praticada pressão, repressão e assédio sobre trabalhadores, de forma reiterada e com objetivo de afetar a dignidade da pessoa ou criar ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante e desestabilizador.”

Secundado por outros sindicalistas e pela funcionária do Continente de Abrantes que denunciou estes casos de repressão, Ivo Santos disse que estas denúncias podem juntar-se às outras sobre o mesmo grupo empresarial. Mas neste caso, acrescentou “há pressão sobre os trabalhadores para os levar à desvinculação ao posto de trabalho através do despedimento voluntário”.

Ivo Santos, da delegação de Santarém e Leiria do Sindicato já deixaram de tentar contactar a direção da loja continente de Abrantes. Já tinham feito os alertas necessários para que as situações fossem alteradas, mas como tudo se mantém na mesma “tivemos de partir para ação pública”.

Catarina Monge, a funcionária do continente que apresentou a denúncia ao sindicato diz que esperou tempo demais e que foi em julho deste ano que resolveu reportar as situações ao sindicato.

Revela que está há 23 anos nesta loja, em Abrantes, e que continua a ganhar pouco mais do que o salário mínimo nacional porque, aponta, os aumentos não têm a ver apenas com a antiguidade, mas com avaliações de desempenho “desenhados” pela direção da loja. Aliás, este é outro fator que leva Ivo Santos a apontar o dedo à Sonae. “Mudam os funcionários de secções como querem”, e vinca outras queixas dos trabalhadores “os horários são alterados e comunicados por boca, sem terem a definição de horários mensais” como está acordado no acordo coletivo de trabalho.

A questão dos salários já é transversal a todas as lojas da cadeia de venda a retalho e de todas as outras “andam todos à volta do ordenado mínimo nacional. E os que não andam vão ficar, pelo menos, com a atualização de 2020 decidida pelo governo”.

A Antena Livre tentou obter uma reação do diretor da Loja de Abrantes José Lourenço. Quando nos dirigimos à loja foi-nos dito que qualquer questão teria de ser colocada por escrito, através de um endereço de correio eletrónico fornecido na loja. Como os emails com os pedidos de esclarecimento vieram devolvidos enviamos também um pedido de esclarecimento para a Sonamc, a responsável pelas marcas Modelo/Continente, ao qual aguardamos resposta.