Ambiente Movimento proTejo defende caudais constantes do Tejo na Caravana pela Justiça Climática 2022 (C/ÁUDIO)
A Caravana pela Justiça Climática 2022 continua a fazer o seu caminho pelo rio Tejo. Se na terça-feira os participantes pernoitaram em Mouriscas, no complexo turístico Colinas do Tejo, esta quarta-feira, dia 13 de abril, fizeram o percurso entre Mouriscas e Rossio ao Sul do Tejo no próprio rio, numa descida de canoas. E se a previsão seria uma descida lenta, devido aos baixos caudais do rio, a realidade foi outra. O caudal foi mais elevado e a descida entre Mouriscas e Rossio ao Sul do Tejo acabou por ser muito mais rápida.
Este é um dos problemas que as associações ambientalistas, entre elas o movimento proTejo, querem ver resolvido. Um caudal constante no rio e não aquilo que se passa atualmente.
Ao final da tarde, desta quarta-feira, os participantes voltaram a realizar uma ciranda, um debate de ideias entre os participantes na caravana com destaque para a normalização dos caudais do Tejo.
Paulo Constantino, do movimento proTejo, foi um dos participantes neste debate de ideias onde explicou os grandes desafios que têm pela frente.
À Antena Livre disse que o movimento continua a esperar a normalização dos caudais do Tejo, naquilo que é o maior problema da biodiversidade em todo o leito. É que Espanha cumpre os caudais convencionados, só que não são constantes. E o que o proTejo quer é que, a bem da biodiversidade, o rio mantenha sempre os mesmos caudais para evitar as disparidades que temos atualmente. Ora há um rio seco, durante vários dias, ora temos um rio com um caudal enorme noutros. Paulo Constantino voltou a reivindicar aquilo que tem vindo a defender. O Tejo não precisa que Espanha liberte mais água. O Tejo precisa que Espanha liberte sempre a mesma quantidade de água.
O dirigente do movimento espera reunir com o novo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, no sentido de o sensibilizar para que o projeto Tejo, que prevê a construção de uma série de barragens e açudes não avance.
Paulo Constantino
A Caravana pela Justiça Climática 2022 arrancou no dia 2 de abril na Figueira da Foz e decorre até 16 de abril para cumprir mais de 400 quilómetros com o objetivo de debater problemas como a desertificação, incêndios e seca.
Ciranda nas Colinas do Tejo, em Mouriscas