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Sociedade

Incêndios: Vila de Rei contabiliza prejuízos em grande escala

30/08/2017 às 00:00
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Os incêndios que afetaram Vila de Rei, entre 13 e 18 de agosto, causaram um elevado número de prejuízos diretos, registando um total de 10.000 hectares de área ardida (cerca de 100 km2), que correspondem a 52% da área do concelho, informa o Município em nota de imprensa.

O primeiro levantamento dá conta de uma casa de primeira habitação totalmente destruída e de duas parcialmente destruídas. A juntar a estes números juntam-se ainda 12 casas de habitação parcialmente afetadas pelas chamas, 32 barracões/palheiros, 17 casas em ruínas e 13 depósitos de água. Além da floresta ardida, contabilizam-se também 1.723 árvores de fruto, 18.493 videiras, 1.223 sobreiros, 4.943 medronheiros, 19 máquinas e equipamentos agrícolas, 28.782 metros de mangueira e 1.710 metros de cercas e vedações que foram alvo da fúria das chamas, pode ler-se na mesma nota.

Regista-se também a morte de 40 animais e a destruição de 958 colmeias. De momento, o Município de Vila de Rei e a Acripinhal encontram-se a assegurar a alimentação dos animais cujos proprietários perderam os locais de pastagem e, consequentemente, as condições para garantir a sua subsistência.

O Presidente do Município vilarregense, Ricardo Aires, refere que “Vila de Rei está mais pobre, depois de mais um incêndio florestal de grandes dimensões ter assolado o nosso concelho. O primeiro levantamento dos serviços da Autarquia mostra-nos já um grande número de habitações afetadas pelas chamas e mais de 50% do concelho totalmente carbonizado. Com a floresta a ser uma importante fonte de rendimento para os vilarregenses – quer com o aproveitamento direto das árvores quer, indiretamente, com a sua potencialização em termos turísticos – cabe-nos agora voltar a reerguer e mostrar que esta tragédia será novamente ultrapassada graças à garra e coragem que a população Vilarregense já demonstrou em outras situações semelhantes. Esperamos que, desta vez, o Governo Central não se esqueça de Vila de Rei e que nos possa incluir no projeto-piloto de reflorestação e ordenamento do território florestal, que é uma das soluções para a rearborização do nosso concelho".