JMJ Força Aérea Portuguesa vai vigiar espaço aéreo durante visita do Papa
A Força Aérea Portuguesa revelou ontem que vai garantir a segurança do espaço aéreo durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), avançando que vai ter no ar meios aéreos para vigilância, proteção e transporte do Papa Francisco.
“Vamos garantir, durante todo esse período, a segurança e a integridade do espaço aéreo. Vai haver zonas de exclusão em Lisboa e Fátima, em que toda a atividade aérea no país vai ser perfeitamente escrutinada, vigiada, sempre em coordenação com as forças e serviços de segurança”, disse à agência Lusa o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), Cartaxo Alves, que visitou hoje à tarde a sede do Comité Organizador Local da JMJ, no Beato, em Lisboa.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 01 e 06 de agosto em Lisboa e contará com a presença do chefe da Igreja Católica, que estará também em Fátima a 05 de agosto.
Cartaxo Alves afirmou que a Força Aérea Portuguesa (FAP) terá várias unidades para apoio logístico à JMJ, mas a sua atividade será de maior empenho “principalmente durante o período da presença do Papa Francisco em Portugal”, que acontece entre 02 e 06 de agosto.
“Vai ser uma atividade contínua enquanto o Papa estiver em Portugal”, sublinhou, adiantando que “a FAP vai ter drones, helicópteros, aviões de vigilância e aviões de defesa área no ar”.
O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea explicou que o controlo dos voos comerciais é feito pela NAV (Navegação Aérea), que é a entidade que tem a prestação dos serviços de tráfego aéreo, que vai estar “em permanente coordenação com a FAP”.
“Qualquer dúvida ou situação que seja anómala é a FAP que entra na questão da segurança do espaço. Iremos ter aeronaves preparadas para garantir esse mesma segurança no ar. Todos os voos comerciais são assegurados e terão as suas rotas específicas como estão planeados. Não vai haver qualquer atraso ou qualquer impedimento da chegada de peregrinos”, salientou.
Cartaxo Alves alertou as pessoas que costumam usar drones para que cumpram as regras previstas porque vão existir sistemas anti-drones para os intercetar.
O uso de drones vai ser proibido em algumas zonas, nomeadamente no santuário de Fátima, Parque Tejo-Trancão e Parque Eduardo VII.
“Este é um evento que levanta a curiosidade de toda a gente e toda a gente quer estar perto do Papa, se não poder estar fisicamente, tem agora à disposição todos estes drones para estar mais perto (…), mas os drones em algumas zonas não entram. Não há necessidade das pessoas tentarem ir mais perto, vai haver essa bolha de segurança, vai haver este cuidado muito próximo com a segurança do evento e das pessoas que estão a partilhar o evento”, disse.
O Papa Francisco vai chegar ao aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa (dia 02 de agosto), onde a FAP vai fazer uma receção, sendo também transportado para Fátima num helicóptero, à semelhança do que já aconteceu em visitas anteriores.
“Irá voar num helicóptero H101, iremos ter vários helicópteros à disposição não só do Papa, como também da comitiva e da segurança. Iremos ter helicópteros no ar para segurança aérea em coordenação com a GNR”, disse, escusando-se em avançar o local onde o Papa vai aterrar em Fátima “por motivos de segurança”, o que se só revelado na altura.
O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea disse ainda que a FAP vai ter todo o efetivo disponível durante esse período que vai estar a trabalhar 24 horas por dia sem qualquer interrupção”, disse.
Durante a visita à sede do Comité Organizador Local, o presidente da Fundação JMJ e coordenador-geral, Américo Aguiar, agradeceu à Força Aérea por ter permitido que os símbolos da JMJ chegassem a todo o país.
“Só foi possível os símbolos da JMJ terem ido a todo o território português graças à FAP. Se não fosse a Força Aérea Portuguesa, [as ilhas açorianas] Corvo, Flores e Santa Maria tinham ficado de fora”, disse o Bispo Auxiliar de Lisboa.
São esperadas mais de um milhão de pessoas na JMJ de Lisboa, que esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia da covid-19.
Lusa