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Saúde

Sardoal: Câmara aprova cedência de viatura para garantir mais cuidados de saúde

26/01/2017 às 00:00
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Um protocolo para a cedência de uma viatura à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) foi aprovado, por unanimidade, esta quarta-feira na reunião do executivo camarário.

Em declarações à Antena Livre, Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal, explicou que esta viatura da Câmara Municipal será essencial para o centro de saúde local e para servir a futura Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) do concelho.

Miguel Borges referiu que a UCC, intitulada Mira-Zêzere, vai dar resposta a algumas necessidades ao nível dos cuidados de saúde primários. “O munícipe em vez de se deslocar ao centro de saúde para fazer um simples penso, fisioterapia ou beneficiar de apoio psicológico, etc, pode ter estas práticas realizadas ao domicílio”.

“Por exemplo, alguém que vem do hospital e que precisa de apoio em casa poderá beneficiar do apoio prestado pela unidade de cuidados ou então através de um “cuidador”, alguém que pode ser da família ou um simples vizinho que possa corresponder”, acrescentou o autarca.

A nova unidade irá abranger o concelho de Sardoal e as freguesias da zona norte do concelho de Abrantes.

Segundo o site do ACES Médio Tejo, uma “UCC presta cuidados de saúde e apoio psicológico e social de âmbito domiciliário e comunitário, essencialmente a pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis em situação de maior risco ou dependência física e funcional ou doença que requeira acompanhamento próximo, e atua na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades móveis de intervenção”.

“A equipa da UCC é composta por enfermeiros, assistentes sociais, médicos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas da fala e outros profissionais consoante as necessidades e disponibilidades de recursos (…) Assim a UCC é uma das unidades funcionais que trabalham no âmbito comunitário com uma equipa multiprofissional em estreita articulação com as demais equipas funcionais de um ACES”, pode ler-se.

 

A falta de médicos de família e a espera continuada de utentes à porta do centro de saúde foi um dos temas mais abordados no decorrer da reunião de câmara, realizada esta quarta-feira. Na sessão, os vereadores da oposição manifestaram a sua preocupação sobre o assunto e Miguel Borges disse que esta devia de ser “uma prioridade nacional”.

“O município não tem capacidade de resposta que resolva o problema de fundo. Mesmo assim, já apresentei soluções para minimizar o sofrimento das pessoas que estão à porta do centro de saúde desde as 7h00 da manhã e às vezes até mais cedo”, afirmou.

O autarca sardoalense referiu-se ainda à tardia prescrição de medicamentos: “ainda ontem, um munícipe veio pedir ajuda à câmara, que intercedêssemos, pois ele entregou o pedido de receita no dia 8 de janeiro, para a aquisição de medicamentos para problemas cardíacos, no dia 24 de janeiro ainda não tinha a receita. Ou a pessoa tem capacidade para custear os medicamentos ou não sei”.

“O que se está a passar devia de ser uma prioridade nacional e um desígnio nacional. Parece-me que estão todos à espera que aconteça qualquer coisa”, lamentou.

 

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