Pesquisar notícia
sexta,
26 abr 2024
PUB
Saúde

Abrantes: Câmara Municipal cede viatura para domicílios de saúde

29/03/2018 às 00:00
Partilhar nas redes sociais:
Facebook Twitter

Rita Soares, Maria do Céu Albuquerque, Luís Pisco e Sofia Theriaga

A Câmara de Abrantes cedeu, ontem, à Unidade de Saúde Familiar (USF) D. Francisco de Almeida uma viatura de passageiros para apoio às visitas domiciliárias por parte dos profissionais de saúde.

No momento, foi assinado um protocolo de cedência da viatura entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e a Câmara Municipal de Abrantes (CMA).

Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal, afirmou que o Município criou as “condições para ter esta viatura, porque sabemos que nem todas as pessoas se podem deslocar aqui [à USF] para ter a sua consulta e que os profissionais faziam os domicílios em viatura própria com o prejuízo que isso acarreta. E a partir de agora podem-no fazer de forma confortável, segura e de acordo com aquilo que foi assinado no protocolo entre à ARS e a CMA”.

O custo da viatura rondou cerca de 24 mil euros e a presidente reconheceu que a Câmara assumiu “praticamente a totalidade das despesas” e que não contava “fazê-lo”. “Em concreto, contávamos que a manutenção da viatura e o seguro ficassem da parte do Ministério e não foi isso que aconteceu. Vão ser a pensas do Município que essa despesa vai incorrer”, referiu Maria do Céu Albuquerque.

Presente na cerimónia, Luís Pisco, presidente da ARSLVT, começou por referir que era “com muito gosto” que participava na assinatura do protocolo, referindo que “esta cooperação não é de hoje e certamente ficará para o futuro”. Lembrou que “em 2013 foi assinado um protocolo para a cedência deste espaço [a USF] e em 2014 também foi firmado um acordo entre a ARSLVT e a CMA para a criação de incentivos à fixação de médicos nesta unidade”.

“É este conhecimento que nos mobiliza no apoio direto às populações e, para a sua concretização, contámos com a imprescindível disponibilidade da Câmara Municipal de Abrantes ao ceder, a título gratuito, a viatura que irá ser utilizada nas visitas domiciliárias”, aludiu o responsável.

Questionada pela Antena Livre sobre as mais-valias da viatura cedida, Rita Soares, coordenadora da USF, avançou que com a nova viatura, os profissionais da USF passam “a agendar os domicílios” e passam a garantir trabalho na promoção da saúde, sendo que no passado só conseguiam “fazer os tratamentos”.

Devido à falta de uma viatura própria, Rita Soares explicou que a USF de Abrantes partilhava a viatura do ACES para fazer a visitação domiciliária e que tinha de fazer um pedido semanal para ter acesso a um veículo. “Isto implicava alguns constrangimentos (…) em termos de horários de organização interna dos profissionais que iam ao domicílio. E, por vezes, criavam-se alguns entraves. Com a nova viatura tudo isto fica facilitado”, disse.  

Na União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, Rita Soares lembrou que a USF faz cerca de 8 domicílios médicos semanais e cerca de 15 domicílios de enfermagem. “Não ficando ninguém por ser visto ou visitado”.

“Agora vai ser mais fácil articular o trabalho e ir para a rua, chegando a outros utentes”, garantiu.

Por último, Maria do Céu Albuquerque avançou ainda que “a USF do Rossio está praticamente pronta” e salientou que é necessário “criar condições também para que esta unidade possa começar a trabalhar e a servir, que também é a sua missão”.

Referindo-se ao hospital de Abrantes, a autarca disse também que “a Câmara de está neste momento a criar condições para poder substituir-se mais uma vez à Administração Central e a criar condições para libertar uma unidade dentro do CHMT, onde ainda estão os cuidados primários, retirando de lá os cuidados primários e instalando-os na casa de saúde”.

“Nós estamos a preparar o processo para o levar à Câmara para aprovação”, afirmou a presidente, acrescentando que a Câmara está disponível “do ponto de vista financeiro a suportar a diferença ou investimento necessário para que rapidamente a situação possa ser ultrapassada”.