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Região

Vila de Rei, Sardoal e Abrantes integram maior rota turística da Europa

10/12/2016 às 00:00
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Portugal tem uma nova rota turística.Liga Chaves a Faro, atravessando 32 municípios ao longo de 738,5 quilómetros. É a Estrada Nacional 2, a via mais extensa do país e os Municípios que atravessa juntaram-se e constituíram, a 5 de novembro, a Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 (EN2).

A ideia surgiu no seguimento do que é feito lá fora com a histórica Route 66, nos Estados Unidos ou a rota 40 da Argentina. A EN2 é a terceira estrada mais extensa do mundo e a maior da Europa.

Fomos saber as razões para integrar esta iniciativa junto dos três autarcas dos municípios atravessados na região pela EN2.

O centro da Rota no Centro do país

Paulo César Luís, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, revela-nos a importância desta rota para o concelho até porque “em Vila de Rei está inscrito não só o Centro Geodésico de Portugal, mas também o quilómetro central da própria Rota”.

“Ao promover e potenciar esta Rota, o Município de Vila de Rei tem tudo a ganhar em fazer parte dela, uma vez que poderá trazer ainda mais pessoas a passarem no concelho e assim dinamizar o comércio local, levar à divulgação e potenciação dos nossos recursos endógenos e das nossas mais-valias turísticas”, afirma o autarca.

Quanto ao que poderá ser apreciado pelos visitantes que circularem na EN2, Paulo César Luís explica que “a Estrada Nacional 2 como que divide o concelho de Vila de Rei em duas partes quase iguais.Quem percorre a EN2 e vem do lado da Sertã, entra a norte, na freguesia da Fundada,onde tem a possibilidade, deslocando-se para a esquerda, de visitar o Parque de Campismo e a Praia Fluvial do Bostelim, Bandeira Azul este ano. Indo para a direita, poderá visitar a Praia Fluvial de Fernandaires que para além de ter uma piscina flutuante, conta também com o cable park para a prática do wakeboard, e de onde pode disfrutar de uma praia extraordinária.

Depois terá o Museu das Aldeias, na Relva, onde poderá degustar um pouco da nossa gastronomia. Seguindo para sul, poderá aceder ao Centro Geodésico de Portugal e, posteriormente, passa mesmo dentro de Vila de Rei. Na vila, há que visitar os nossos restaurantes e tem a Albergaria onde poderá pernoitar. Pode ainda visitar e fazer um conjunto de percursos pedestres que têm início em Vila de Rei e que nos leva aos mais diversos pontos, passando pelas cascatas.

Ao continuar a marcha, no sentido de Sardoal, poderá visitar a Praia Fluvial do Penedo Furado, um dos nossos ex-libris de promoção turística, e visitar também a Aldeia de Xisto de Água Formosa”.

Saindo do concelho de Vila de Rei, entramos no concelho de Sardoal.

O deslumbre com o Património

Segundo Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal de Sardoal, “o objetivo principal é integrar uma estratégia comum e que estes Municípios, que são do interior e sabemos quão importante é o desenvolvimento, a promoção e a divulgação do nosso interior, consigam acertar forças para que sejam uma atração turística para o nosso país, visto que ficamos com a maior Rota da Europa e a terceira maior do mundo”.

Em Sardoal, Miguel Borges apresenta “todo este Património edificado, toda a história, a cultura, a tradição…”

Assim, “ao chegarem, sugeria que se deslocassem ao Posto de Turismo. A partir daí, é uma porta aberta para todo este Património. Os quadros de Mestre de Sardoal na Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia, as capelas,o Centro Culturale o Espaço Cá da Terra de onde podemos partir para todo o concelho. Para pernoitar, temos oferta no turismo rural e depois pode aproveitar alguns dos nossos percursos pedestres e entrar em contacto com a natureza. Podem visitar os Moinhos de Entrevinhas, a Lapa, a Rosa Mana e a zona do Codes. Podem ainda deliciar-se com os vinhos das nossas Quintas, com o pão da Artelinho e com os doces do nosso concelho”, destaca Miguel Borges.

Deixamos Sardoal e entramos em terras do concelho de Abrantes.

Com o Tejo a seus pés

Para Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, integrar a Rota da EN2 é importante “do ponto de vista do turismo porque sabemos que há pessoas que gostam de fazer este tipo de percurso, estas vias de comunicação emblemática”. No entanto, a autarca destaca o facto desta iniciativa se revestir “de uma importância acrescidapor ser uma estrada que carece de intervenção no nosso território, nomeadamente dentro de Alferrarede, bem como a recuperação do troço entre a Rotunda das Oliveiras e a ponte sobre o rio Tejo. Queremos fazer fé que esta Associação vai-nos permitir fazer lobby para podermos qualificar este património”.

Em Abrantes, a EN2 encontra o Tejo. Os visitantes podem subir à cidade, passear no centro histórico, deliciarem-se com a doçaria regional e subir ao castelo. O contacto com a história e a beleza da paisagem fazem o resto. O Aquapólis espera pela visita tanto na margem norte como a sul do Tejo. Seguindo até à Bemposta, a EN2 despede-se do Ribatejo e entra em terras alentejanas.

 

Patrícia Seixas