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Incêndios

Fogos de Carrazeda de Ansiães, Pombal e Ourém queimaram mais de 6.300 hectares - Proteção Civil

11/07/2022 às 14:57
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Os incêndios que nos últimos dias lavraram em Carrazeda de Ansiães, Ourém e Pombal queimaram uma área estimada de cerca de 6.347 hectares, revelou hoje o comandante nacional da Proteção Civil.

De acordo com André Fernandes, o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANPC), o fogo que na quinta-feira teve início em Marzagão, Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, queimou uma área estimada em 2.798 hectares, com um perímetro de incêndio de 52 quilómetros.

O incêndio que começou na quinta-feira à tarde no concelho de Ourém, no distrito de Santarém, e que alastrou a Alvaiázere (Leiria) e Ferreira do Zêzere tem uma área ardida estimada de 2.984 hectares.

Já o fogo que começou na sexta-feira em Vale da Pia, no concelho de Pombal, e que se estendeu a Ansião, distrito de Leiria, queimou 565 hectares, segundo a estimativa da Proteção Civil.

Até às 12:00 de hoje tinham sido registados 30 fogos, “não havendo nenhum significativo ativo”, invertendo-se “a tendência de subida de ignições” dos últimos dias.

Aqueles três incêndios foram dominados, mas estão no local ainda cerca de 1.500 homens para estabilizar o perímetro dos fogos.

André Fernandes salientou que, apesar da situação de alguma acalmia, a possibilidade de reativação é muito grande nos casos de incêndios com grandes áreas afetadas e com perímetros muito longos e, por isso, os dispositivos vão manter-se no local.

A partir da tarde de hoje e durante os próximos quatro dias, as previsões indicam agravamento das condições meteorológicas com aumento das temperaturas para valores superiores a 40 graus.

“Tudo vamos fazer para que nenhuma reativação saia fora do perímetro, mas estas reativações podem ser violentas e alguma coisa pode correr menos bem”, salientou.

O responsável alertou que a população civil deve afastar-se das zonas atingidas por incêndios, garantir a sua própria segurança e, “acima de tudo”, não usar o fogo em espaços rurais, nem de maquinaria, além de colaborar com as autoridades em caso de evacuações preventiva.

Em 2021, registaram-se 8.223 incêndios rurais, menos 54% do que a média dos dez anos anteriores, e a área ardida totalizou 28.415 hectares (ha), inferior em 78% à média no decénio 2010-2020, segundo o relatório da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).

Os incêndios que lavram em Portugal Continental desde quinta-feira provocaram 21 feridos ligeiros e um ferido grave, afirmou o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

“Em relação às vítimas acumuladas desde dia 07 de julho, temos 21 feridos ligeiros e um ferido grave, que foi um bombeiro que teve uma fratura exposta no pulso”, disse André Fernandes.

De acordo com o responsável, os feridos ligeiros resultaram de “situações normais no quadro de combate aos fogos florestais”, salientando que a maioria não teve necessidade de deslocação ao hospital.

Lusa