JMJ Diocese de Santarém identificou 400 espaços e 216 famílias de acolhimento
A diocese de Santarém identificou, até ao momento, 393 espaços e 216 famílias disponíveis para acolherem jovens que participem na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorrerá em agosto, em Lisboa, com a presença do Papa Francisco.
O responsável pela Pastoral da Juventude da diocese de Santarém, Ricardo Conceição, disse hoje à agência Lusa que, sendo esta uma das três dioceses para acolhimento dos milhares de jovens esperados na JMJ (juntamente com Lisboa e Setúbal), tem vindo a desenvolver contactos com instituições e famílias, mas também sensibilizar, sobretudo os jovens, para o voluntariado.
Com mais de 500 jovens envolvidos atualmente, a equipa precisa de crescer, salientou.
Segundo Ricardo Conceição, até ao momento, foram contactadas câmaras municipais, escolas, bombeiros e clubes desportivos para alojamento coletivo, equipamentos que são inseridos na plataforma de logística da JMJ.
Por outro lado, tem vindo a ser feito um apelo a famílias para que se inscrevam para acolherem pelo menos dois jovens, disse, salientando que "não é preciso dar cama”, apenas “dar dois metros quadrados para cada jovem” dormir, uma casa de banho, o pequeno-almoço e, “se puderem ajudar também nos transportes, melhor ainda”.
Para o pároco, a questão da língua “não é uma barreira”, bastando, para quem tem dúvidas, conhecer a experiência dos jovens que, durante a jornada de Cracóvia, foram acolhidos por famílias.
O coordenador da JMJ na diocese de Santarém apelou ainda sobretudo aos mais jovens, para se voluntariarem para acompanhar os peregrinos e a envolverem-se desde já na preparação do evento, pois “não falta muito tempo”.
Além do acolhimento, a diocese está a preparar-se para a eventualidade de ser necessário acolher algumas atividades, como a realização de catequeses ao longo da semana em que decorre a JMJ, de 01 a 06 de agosto, o que exigirá a preparação de um espaço, como um auditório ou uma igreja, onde a pessoa indicada pelo Vaticano trabalhará com os jovens, nas suas respetivas línguas.
Por outro lado, as paróquias de acolhimento poderão organizar eventos, intercâmbios entre jovens alojados nos seus espaços, para, por exemplo, “mostrar um bocadinho daquilo que é a cultura local ou regional”, acrescentou.
Ricardo Conceição disse esperar que o evento, pela sua dimensão e pelas dinâmicas que têm de ser criadas para lidar com tão elevado número de jovens, tenha um “efeito transformador”, levando a que um povo que tem a fama de acolher bem, mas, ao mesmo tempo, de não ser “muito organizado”, aprenda a trabalhar em conjunto e em equipa.
O padre salientou que, sendo um evento da Igreja Católica, a JMJ “não é fechada a jovens católicos”, sendo aberta a todos, tanto no voluntariado como na participação naquela que é “uma festa da Igreja” e “uma peregrinação com o Papa Francisco”.
Todo o trabalho que tem vindo a ser feito e todo o que falta fazer permite “um alargamento de horizontes” aos que nele participam e, “quando chegar a altura”, mostrar que foi possível fazer "em conjunto", sem divisões “em capelinhas”, frisou.
“Eu acho que isso é mesmo muito importante e creio que esse trabalho de equipa e de conjunto é uma coisa que precisa de ficar mesmo muito na nossa Igreja”, acrescentou.
A Jornada Mundial da Juventude foi instituída pelo Papa João Paulo II, em 20 de dezembro de 1985, reunindo durante cerca de uma semana milhares de jovens de todo o mundo, os quais são acolhidos, na sua maioria, em instalações públicas (ginásios, escolas, pavilhões) e paroquiais ou em casas de famílias.
Na semana que antecede a JMJ, as dioceses promovem a integração dos jovens nas suas comunidades, permitindo que os participantes possam ficar a conhecer melhor a região e a igreja que os acolhe.
Lusa