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António Cartaxo candidato à União de Freguesias quer tornar “Abrantes viva”

1/04/2017 às 00:00
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José Carvalho, Mafalda Nabais, António Cartaxo e João Miguel Salvador

A candidatura de António Cartaxo à União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede foi este sábado apresentada na sede do PSD.

António Cartaxo, 55 anos, natural das Caldas da Rainha, é gestor de área, pertence ao BNI Estratégia de Abrantes e é dirigente em várias associações do concelho.

Rui Santos, presidente da Comissão Política, apresentou o candidato como um conhecedor da freguesia a que se candidata, como “uma pessoa idónea, com competência e capacidade de liderança, que consegue incutir esperança. É isso que esta candidatura quer transmitir a todos os abrantinos, esperança de ter novamente Abrantes viva”.

“Estou certo que não será um presidente que gere só o dia-a-dia da sua freguesia. Estou certo que será um presidente que estará junto das pessoas e irá ter uma palavra ativa, mesmo com o seu candidato a presidente de Câmara a liderar os destinos do concelho”, fez notar Rui Santos.

António Castelbranco, António Cartaxo e Rui Santos

Na sua apresentação, António Cartaxo começou por recuar no tempo fazendo referência a uma infância e a uma adolescência “feliz” em Abrantes.

De seguida, lembrou aos presentes que é “independente” e explicou porquê: “Independente é alguém que ainda não encontrou o real caminho para se poder inscrever nele, mas não quer dizer que eu não me reveja no PSD e na social-democracia de uma forma muito próxima e o futuro a Deus pertence. Se chegar a deixar de ser independente possivelmente será para ingressar nas fileiras do PSD pelas pessoas e pelo partido”.

“Admirou-me a abertura que o PSD de Abrantes teve para com os independentes. Isto não é fácil, principalmente quando nos deixam voar, sonhar e principalmente quando nos incluem nas decisões importantes que se avizinham no nosso programa”, acrescentou o candidato.

Para António Cartaxo, “os independentes podem trazer para esta candidatura novas mentalidades, novas ideias, novas mecânicas de procedimento, enfim, um estilo diferente de fazer mais e melhor política”.

O candidato lamentou as dificuldades que encontrou junto de algumas pessoas a quem endereçou o convite para fazerem parte da sua lista. Disse pensar “que a ditadura tinha terminado há anos, mas ao convidar pessoas para fazerem parte da minha lista, alguns se recusaram, com medo de retaliações. Alguns me disseram: o meu filho trabalha na Câmara, outros - a minha mulher trabalha na Câmara e outros - não posso, pois tenho um projeto para ser aprovado. Isso deixou-me brutalmente triste, muito triste”.  

“É este comodismo e esta área de conforto onde o PS se revê há 40 anos, que os tornou tão convencidos e tão dados a crer que mudam e que fazem coisas em Abrantes como estivessem em casa”, criticou o candidato.

António Cartaxo disse querer “tornar Abrantes viva e ao mesmo tempo Abrantes ecológica”, deixando a questão: “porque é que a frota do Município não é eléctrica?”

“Quero um concelho que ofereça mais oportunidade de emprego, mais segurança, mais turismo, mais desenvolvimento económico, tornando o concelho mais forte e sustentável. Um concelho e uma cidade com mais vida e que convida a permanecer e a envelhecer”, enumerou.

O responsável disse não se rever “nas prioridades do atual presidente da União de Freguesias, porque as prioridades não são definidas por ele. Para mim, são definidas pela cúpula”. Contudo, afirmou que houve “coisas bem-feitas”, mas “inacabadas”.

 “A cidade desportiva foi um êxito para a comunidade, para todos nós, mas também sei que alguns projetos nunca foram concluídos. A cidade desportiva tinha de ter um pavilhão ao lado”, afirmou, dando outro exemplo: “O parque urbano de Abrantes tinha três fases, fizeram a primeira, onde ficaram as outras duas?”

António Cartaxo fez ainda referência ao antigo mercado diário, lembrando aos presentes que não concorda com a sua demolição e que foi o responsável pelo abaixo-assinado que circulou com esse objetivo. De seguida, referiu-se ao tema da segurança, mencionando que ficou “muito sensibilizado com a vaga de assaltos que aconteceram no centro histórico e nas Mouriscas”.

“Chegou a alvitrar quem de direto que não se devia de criar o pânico na nossa comunidade. Mas penso que temos de encarar os problemas de frente e não fingir que eles não existem (…) Tive o cuidado de visitar alguns desses estabelecimentos que foram assaltos. Eu pergunto: alguém da Autarquia ou da União de Freguesia visitou estas pessoas que foram assaltadas? Sei que não, porque quando as visitei ninguém tinha passado por lá”, salientou, acusando o atual executivo camarário e de junta de falta de “proximidade”.

Quanto aos pilares da sua candidatura, o responsável disse que assentam na “equidade, dignidade, honestidade, honradez, isenção e justiça”.

Ao nome de António Cartaxo segue o nome de José Carvalho, Mafalda Nabais e João Miguel Salvador. “Uma equipa competente, equilibrada e conhecedora da União de Freguesias”, vincou António Cartaxo

A sessão terminou com Rui Santos a explicar que as próximas candidaturas às Assembleias de Freguesia serão apresentadas por duas fases. Quanto à vereação e à Assembleia Municipal, o presidente da Comissão Política disse ser necessário “resguardar esse anúncio”.