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Música: Morreu o guitarrista norte-americano John Abercrombie, de 72 anos

24/08/2017 às 00:00
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O guitarrista norte-americano John Abercrombie, apontado como uma “das lendas do jazz contemporâneo”, e que em 1980 atuou no X Cascais Jazz, morreu na terça-feira aos 72 anos, em Cortland, no Estado de Nova Iorque.

"Com profunda tristeza, a sua família anuncia que o lendário guitarrista de jazz John Abercrombie faleceu na tarde de 22 de agosto", lê-se na página do músico na rede social Facebook.

“A família aprecia as demonstrações de carinho e apoio e, respeitosamente, pede privacidade neste momento difícil", lê-se na breve declaração.

Abercrombie cresceu em Greenwich, no Estado norte-americano do Connecticut, onde começou a tocar guitarra aos 14 anos, sendo seu ídolo na época Chuck Berry, mas acabou por se aproximar do jazz e, em 1962, matriculou-se no Berklee College of Music, em Boston, onde estudou sob a direção de Jack Peterson e começou uma carreira como acompanhador e solista.

Durante o período estudantil juntou-se aos Brecker Brothers, que se tornaram numa destacada banda de ‘jazz rock’ do final da década de 1970 e princípios da seguinte.

Em Nova Iorque, John Abercrombie gravou com Gil Evans, Gato Barbieri e Barry Miles, mas começou a chamar à atenção quando fez parte da banda de Billy Cobham, tendo, entre outros, colaborado nos álbuns “Crosswinds”, “Total Eclipse” e “Shabazz”.

Em novembro de 1980, John Abercrombie estreou-se em Portugal, no X Cascais Jazz, tendo atuado em quarteto com Richie Beirach (piano), George Mraz (contrabaixo), e Peter Donald (bateria).

No final da década de 1980, Abercrombie regressou a Portugal para orientar uma oficina no Palácio de Fronteira, em Lisboa, promovido pelo Hot Clube de Portugal, onde também atuou. Nesta vinda a Portugal foi decisivo o empenho do guitarrista Sérgio Pelágio, então professor da escola e ex-aluno de Abercrombie.

Ao longo das décadas de 1990 e 2000 Abercrombie continuou a trabalhar e manteve um amplo calendário de atuações até pouco antes de sua morte.

Desde 2000, o músico formava um quarteto com o violinista Mark Feldman, o baixista Marc Johnson e o baterista Joey Baron, com o qual tinha previsto várias atuações em outubro.

Desde a década de 1970, o guitarrista trabalhou em diferentes formações: em duo com o guitarrista Ralph Towner, com quem voltou, ocasionalmente, a tocar durante a década de 1990, com o quarteto com que atuou em Cascais, em trio com o baixista Marc Johnson e o percussionista Peter Erskine, e também em trio com o organista Dan Wall e o baterista Adam Nussbaum.

Em nome próprio o músico editou cerca de 50 álbuns, além de dezenas de outros que contaram com participações suas. "Wait Till You See Her", de 2009, foi o seu mais recente álbum em nome próprio, tendo ainda colaborado em 2010 no álbum "The Hour of Separation", com Joseph Tawadros.

Lusa