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Música

Música: David Fonseca, Bethânia e Shigeru Umebayash juntam-se a filme "O sentido da vida"

29/08/2017 às 00:00
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O músico David Fonseca, a cantora Maria Bethânia e o compositor Shigeru Umebayash são alguns dos artistas que integram a banda sonora do documentário "O sentido da vida", de Miguel Gonçalves Mendes, em fase final de rodagem.

David Fonseca participou no domingo, em Viana do Castelo, na rodagem de uma das cenas finais do documentário, interpretando uma versão do fado "Havemos de ir a Viana", e junta-se a um universo musical do filme ao lado de vários músicos portugueses e estrangeiro.

"O sentido da vida", que só deverá chegar aos cinemas em 2019, é um documentário centrado numa viagem pelo mundo protagonizada por um jovem brasileiro, Giovane Brisotto, portador de paramiloidose familiar, uma doença degenerativa, de origem portuguesa, conhecida como "doença dos pezinhos".

Giovane Brisotto decide fazer uma longa viagem, cruzando-se com várias personalidades, entre as quais o escritor Valter Hugo Mãe, o astronauta Andreas Mogensen, a artista plástica Mariko Mori, a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff e o juiz Baltasar Garzón.

Para espelhar essa diversidade de histórias e culturas de cada uma das personalidades e dos países por onde o filme passa, Miguel Gonçalves Mendes convidou vários músicos a integrarem o projeto.

O realizador explicou à agência Lusa que o compositor japonês Shigeru Umebayashi, colaborador regular de Wong Kar-wai, fica encarregado da banda sonora geral, mas haverá ainda músicas interpretadas por Camané, noiserv, Márcia, Dead Combo, pela cantora brasileira Maria Bethânia e pela atriz Cris Nicolotti.

A eles juntam-se ainda, por exemplo, a cantora islandesa Soley Stefánsdóttir, a interpretar um tema de Irvin Berlin, e a cantora japonesa Kumiko Tsumori, que fez uma versão do fado "Barco negro".

Em Viana do Castelo, cidade onde a narrativa do filme termina, Miguel Gonçalves Mendes filmou David Fonseca a interpretar "Havemos de ir a Viana", fado escrito por Alain Oulman para a voz de Amália Rodrigues.

"Nenhuma música é intocável, todas as canções são possíveis de uma pessoa reinterpretar. Essa é a maravilha das canções: Uma pessoa poder pegar nelas e transformá-las noutra coisa. (...) A canção, como quase todos os fados, tem uma melancolia escondida. E a procura do sentido da vida acaba por ser uma viagem uma bocadinho entre tudo, tragédia e comédia. A canção é muito alegre, mas a letra tem um travo qualquer a uma coisa distante", afirmou o músico à agência Lusa.

"O sentido da vida" conta com coprodução do Brasil e de Espanha, e apoio das produtoras dos realizadores Fernando Meirelles e Pedro Almodóvar, e seguirá nos próximos meses para montagem e pós-produção.

Lusa