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26 nov 2024
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Vila Nova Barquinha Há empresas novas a produzir consumo interno e para exportação

13/06/2024 às 15:03
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O Parque Industrial de Vila Nova da Barquinha é uma área de 30 hectares que teve numa primeira fase a disponibilização de 110 000 m² com venda de lotes para a instalação de empresas com áreas entre os 1.000 e os 20.000 m².

Uma aposta do Município barquinhense com um terreno plano e infraestruturado para poder acolher indústrias transformadoras, preferencialmente de elevado nível de incorporação tecnológica, de transportes, de armazenagem e logística, comércio por grosso, construção e obras públicas, serviços ou outras consideradas de interessa para o Município.

E, por forma a acolher da melhor forma as empresas que mostram interesse em entrar nesta zona industrial há uma espécie de via rápida entre os serviços da autarquia e as empresas para fazer andar os processos. Os processos são muito rápidos e as acessibilidades são igualmente muito boas. São, modo geral, os motivos apontados pelos empresários para a instalação das unidades neste Parque Industrial.

A Metric Argument, Centro de Serviços de Metalomecânica “aportou” a Vila Nova da Barquinha há coisa de um ano. Trata-se de uma unidade industrial que se dedica ao fabrico de estruturas metálicas para edifícios, em aço.

O empresário David Ferreira explicou que escolheu Vila Nova da Barquinha pelas acessibilidades e pela forma com que os serviços municipais abordam os processos. “Há uma forma célere para fazer andar os processos” e este fator tem um peso forte para os empresários que, muitas vezes, têm tempos muito diferentes da burocracia dos serviços. Atualmente com 14 empregados, David Ferreira conta aumentar o número de efetivos até ao final do ano e explica que a produção da Metric Argument é para outras empresas do setor, e em grande parte destinadas a exportação.

Há um grande projeto que a empresa tem em mãos, num consórcio da Medway numa agenda mobilizadora. Vai ser a Metric a produzir os chassis de um novo vagão para a transportadora ferroviária espanhola.

Já Parágrafo Exclusivo é uma "startup" na área da alimentação e suplementos alimentares. Para já apontam o produto a ser comercializado que é simples: Cápsulas de sopa. Sim, leu bem. A empresa está a produzir cápsulas compatíveis com as máquinas de café Dolce Gusto, mas com sopa. E há vários sabores: abóbora, cogumelos, tomate e espargos. A New Food Concept vai apostar essencialmente nas vendas digitais podendo criar pontos de venda ou parcerias. Carlos Carvalhinha destacou a escolha de Vila Nova da Barquinha pela facilidade de licenciamento e pela localização estratégica.

A empresa tem oito postos de trabalho criados e tem nas instalações o laboratório para desenvolvimento de novos produtos de valor alimentar.

Há uma ideia clara de trabalhar em produtos de suplementos “bom e faz bem” para mercados da Europa, Alemanha e Inglaterra ou Escandinávia.

A história da José Neves começa em 1983 com a fundação da empresa com sede na cidade berço do país: Guimarães. E começou com a transformação e comercialização de papéis e comercialização de fitas adesivas. Dez anos volvidos, 1993, reforça o investimento na produção de caixas de cartão canelado muda de instalações. A empresa continuou na senda do crescimento e em 2001 criou a Distriseven, para assegurar as necessidades de logística. 2004 cria a Sevenurb para gerir os ativos imobiliários da empresa e três anos depois, em 2007, foi criada a Nevsta, uma nova empresa dedicada à transformação de papel, com foco na exportação.

Em 2023 a José Neves “liga-se” a Vila Nova da Barquinha tem foco na inovação tecnológica e na sustentabilidade ambiental e visa, numa fase inicial, reforçar a capacidade produtiva já existente em Guimarães, ao nível de caixas, embalagens e cantoneiras de cartão.

De acordo com a empresa, esta unidade tem como foco a inovação tecnológica e na sustentabilidade ambiental e é um projeto que tem como objetivos “a otimização da cadeia de valor a vários níveis e aumentar a relação de proximidade com os nossos clientes.”

Atualmente já foram criados 10 postos de trabalho, mas a empresa quer chegar aos 25 em diversas áreas. Há no entanto um contratempo. A unidade industrial de Vila Nova da Barquinha ainda “não se encontra 100% operacional, devido à falta de eletricidade desde janeiro de 2024. Por questões e burocracias que nos são totalmente alheias, ainda continuamos à espera da ligação à rede elétrica, algo que torna inviável o início da produção. Esperamos que a situação se resolva rapidamente, pois há custos fixos que temos de pagar, mesmo sem conseguir produzir. Não esquecendo os constrangimentos que este impasse está a provocar na nossa cadeia de fornecimento.”

Quanto ao futuro pretende “continuar a crescer de forma sustentada e alargar a outros mercados. Além deste investimento, temos outros a decorrer que fazem parte da nossa estratégia de crescimento, como é o caso da nova unidade industrial em Guimarães que irá nascer em breve para albergar o processo produtivo de outra empresa do grupo José Neves.”

 A CRNuts - Comércio e Indústria de Frutos Secos é outra das empresas há pouco tempo em Vila Nova da Barquinha.

O empresário José Paiva aposta numa unidade de indústria alimentar e comércio de frutos secos. Ou seja, desenvolve a sua atividade na transformação e embalamento e depois no comércio e distribuição de frutos secos. E no portfólio de frutos secos estão a castanha de caju, amêndoa, nozes, amendoins e pevides. De acordo com a empresa os frutos secos ou sementes, tem origem nacional ou são importados de três mercados mais exóticos: Índia, Vietname e Guiné-Bissau.

Já a J.J.M. Esperança, sociedade por quotas localizada no concelho de Tomar, opera no mercado com a marca SPR Esperanças começamos pelo futuro.

Há, de acordo com António Esperança, um plano de expansão nos mercados de exportação, através da inovação ao nível de novos produtos, para além do desenvolvimento das gamas atuais. E é neste futuro que a empresa está a apostar na nova unidade fabril no Parque Empresarial da Barquinha onde está incluído investimento ao nível do processo produtivo, novos meios de I&D, marketing e equipamentos relacionados com a economia digital.

Quando à história, é uma empresa centenária que vai já na terceira geração. Foi fundada em 1918 por José Jorge Esperança, avô do atual administrador que na sua génese se dedicava à fabricação e assistência de utensílios e equipamentos agrícolas.

Enquanto sociedade, foi depois formalmente constituída em 1979 por três irmãos. É atualmente gerida pela terceira geração da família, prolongando a tradição familiar, mas incorporando conhecimento e inovação que lhe conferem atualmente uma notoriedade nacional de grande relevo no setor da fabricação de equipamentos, sendo que mais de 50% das vendas se destinam ao mercado externo.

E a empresa tem um lote variado de produtos a sair da fábrica: baldes, rippers, engates rápidos fixos e oscilantes para escavadoras e retroescavadoras, baldes de volteio alto para pás carregadoras, grades de discos florestais e rippers para bulldozers, entre muitos outros produtos. Cerca de 50% da produção é para o mercado externo, repartida por Espanha (principal mercado exportador), França (grande aposta de crescimento), Itália, Bulgária, Bélgica, Roménia, Israel e Angola.

A empresa começou na Lamarosa, concelho de Torres Novas, em 1918 até 2001, data na qual mudou de “armas e bagagens” o Parque Empresarial de Tomar. E em 2020 começou o processo de construção da segunda unidade fabril no Parque de Negócios da Barquinha.

Nesta linha de novas empresas a operar no Parque de Vila Nova da Barquinha há ainda a GWP - Ibérica Wood Products. Trata-se de uma sociedade que aposta no comércio, importação e exportação de produtos florestais e seus derivados. As quatro gerações com experiência na indústria madeireira deram à GWP uma sólida compreensão dos mercados. A empresa aponta a um stock permanente de 2.500m3 de madeira, de mais de 60 espécies e com aporte de clientes em 30 países.

A empresa tem instalações em Grobbendonk, na Bélgica, Paranaguá, no Brasil, e agora também em Vila Nova da Barquinha. Para além da madeira, como matéria-prima, a empresa tem produtos já transformados para decking, revestimentos, equipamento urbano, suportes para decks’s. E há a aposta na durabilidade e estabilidade, mantendo uma aparência bonita e natural, com a linha Thermo.