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Médio Tejo

Castelo de Bode cada vez mais procurado por turistas (c/áudio)

14/05/2024 às 10:17
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A pandemia obrigou os portugueses a fazer as férias cá dentro, do país, e levou a um redescobrir as belezas escondidas do interior de Portugal. A muita e diversificada oferta turística despontou com essa procura, como a Albufeira do Castelo de Bode, um dos maiores lagos artificiais de Portugal e da Europa. E em torno deste plano de água surgiram novas apostas turísticas, quer de alojamento, atividades náuticas ou de natureza, associadas à albufeira.

Jorge Rodrigues, presidente da Associação de Empresários da Albufeira do Castelo de Bode tem uma expetativa grande para a época balnear que aí vem, ainda para mais com a Albufeira nos seus níveis máximos de armazenamento, o que permite muito mais atividades náuticas.

“Este ano temos o gosto de ter o plano de água próximo da cota máxima, por isso vamos ter um verão com condições excelentes”, começou por destacar Jorge Rodrigues acrescentando que a expetativa dos empresários é que continue o crescimento da procura dos destinos do interior e dos planos de água no interior.

O responsável frisou também o aumento a oferta em quantidade e qualidade, quer do alojamento, quer de empresas de animação. Quanto às praias fluviais têm cada vez melhores acessos embora faltem, referiu, melhorias em infraestruturas ou que a Estação Náutica funcione ainda melhor. Mas, de acordo com Jorge Rodrigues, “estamos muito otimistas para este verão.”

O pós-pandemia, o crescimento das empresas no interior do país permitiu um maior crescimento da atividade balnear do Castelo de Bode. De acordo com o empresário, a pandemia permitiu a muitos portugueses, principalmente de Lisboa e Porte conhecer o Castelo de Bode. No entanto “mantivemos a taxa de ocupação das unidades de alojamento, aumentámos as taxas de retorno dos turistas de nacionalidade estrangeira. Verifica-se um aumento de holandeses, ingleses ou franceses a procurar este destino.” Este aumento de turistas de ouras nacionalidades compensa a diminuição dos portugueses que voltaram a viajar, afirmou o presidente da Associação dos empresários. “O saldo é positivo, embora com níveis de crescimento inferiores aos do tempo da pandemia. Mas continuamos a crescer.”

Já sobre o que atrai mais os turistas, Jorge Rodrigues, depende muito da época do ano, mas na época alta (junho a setembro) procuram o contacto com a água. As atividades náuticas, desde o stand up paddle, canoagem, wakeboard ou atividades com barcos são das mais procuradas. “A motivação de as pessoas virem para cá é claramente a náutica e a água. Depois temos muitos pedidos de pessoas que gostam de andar de bicicleta e de fazer percursos pedestres. Nesse setor tínhamos algo a melhorar, com o complemento das pequenas e grandes rotas em torno do Castelo de Bode e espero que neste quadro Comunitário de Apoio se reforce esta área”, destacou Jorge Rodrigues.

E está a despertar, também na região, o turismo de bem-estar, o qual tem cada vez mais procura par retiros, mas pessoas que procuram espaços para recolhimento, meditação, ioga e essas atividades de mente sã, corpo são. “Aqui sim temos um crescimento exponencial.”

Quanto à época baixa, há uma maior procura por visitas a monumentos e por eventos gastronómicos, mas o Castelo de Bode tem a sorte de ter tudo ali ao lado: “falamos de Fátima, do Convento de Cristo ou do Almourol, ou até próximo de Coimbra.” Nesta altura os turistas procuram bons restaurantes e atividades culturais.

Sobre as prioridades de investimentos na região, públicos, Jorge Rodrigues destacou o trabalho que está a começar a ser feito com a Estação Náutica, com a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. “Entendemos que a estação deverá ter autonomia e meios financeiros para poder ter mais uma oferta de rede. Estamos a falar em criar portas de entrada para os turistas na região. Estamos a falar de melhorar infraestruturas náuticas e melhorar as redes pedestres.

O Castelo de Bode, na região, é conhecido com “o bode”, barragem ou albufeira. Mas já foi alvitrada uma possibilidade de fazer o marketing em torno da ideia do Lago do Castelo de Bode. Mais fácil, eventualmente, para uma maior internacionalização de marca. Jorge Rodrigues não descarta essa ideia, mas refere que para já há uma ideia de falar do Castelo de Bode a “solo”, deixando de lado a barragem ou a albufeira. É uma marca que se vende, cada vez mais, só por si.

Jorge Rodrigues, presidente Associação Empresários do Castelo de Bode

O sítio “Visit Portugal” descreve o Castelo de Bode desta forma: “Situada no Rio Zêzere numa zona de grande beleza, a albufeira da Barragem do Castelo de Bode é uma das maiores em Portugal e estende-se ao longo de 60 kms entre os concelhos de Tomar, Abrantes, Sardoal e Ferreira do Zêzere.
Rodeada por vegetação frondosa em que o pinhal é predominante, a albufeira oferece excelentes condições para a prática de desportos náuticos ou simplesmente para o lazer em contacto com a natureza. Quem quiser conhecer este grande lago em pormenor tem à sua disposição um cruzeiro de barco, que o levará por entre as paisagens deslumbrantes dos recantos desta albufeira, como a Ilha do Lombo, um pedaço de terra onde existe uma estalagem, ideal para passar uns dias em absoluta tranquilidade.

E nos serviços disponibilizados identifica os seguintes: Barcos a remos; Barcos a vela; Barcos a motor; Esqui aquático; Jet ski; Permitido nadar; Pesca; Windsurf; Parque de estacionamento; Bar.