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Médiotejo21

Abrantes pode receber empresa de hidrogénio verde

4/05/2021 às 10:18
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É um investimento superior a 15 milhões de euros e está previsto para um terreno de cerca de 80 hectares na freguesia de Alvega e Concavada, no Casal Curtido. Ao que a Antena Livre conseguiu saber este investimento, por parte de uma empresa de capitais suíços, foi alvo de uma candidatura ao POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos) para um financiamento até ao teto máximo possível, ou seja, 5 milhões de euros.

Tanto quanto pudemos apurar a empresa já apresentou um pedido de parecer prévio para a instalação do complexo de painéis fotovoltaicos à Câmara Municipal de Abrantes naquele terreno.

De acordo com a decisão da autarquia, do ponto de vista técnico, o parecer ficou condicionado às alterações do uso do solo naquele território.

Ao que conseguimos apurar trata-se da instalação de uma Central de Produção de Hidrogénio Verde, com um eletrolisador de 10MW, alimentado por um complexo de painéis fotovoltaicos.

De acordo com Ricardo Beirão, diretor da Médiotejo21, Agência de Energia e Ambiente do Médio Tejo, “temos uma candidatura ao POSEUR para a construção de uma central de produção de hidrogénio verde [produzido à custa de energia renovável, neste caso solar]. A cadeia de valor assenta na produção, no armazenamento, na distribuição e no consumo. Primeiro para injetar na rede de gás natural e numa segunda fase para a mobilidade. E há possibilidade de alargamento ao mercado privado quando os veículos o permitirem”.

Ainda de acordo com este responsável “É um projeto e muitos milhões (…) trata-se de uma empresa de capitais suíços que fez uma candidatura de vários milhões de euros, cujo financiamento será de 85% até um máximo de 5 milhões de euros. É um investimento robusto e muito superior àquilo que é o apoio comunitário, se for aprovado”.

Ainda segundo o diretor técnico da Médiotejo21 “ quando começámos com esta ideia do hidrogénio, sempre tivemos a ideia clara do local onde construir uma unidade destas e que era na Central Termoelétrica do Pego. Como sabemos, está num processo de remodelação”.
E, numa altura em que ainda não se sabe o futuro dos grupos a carvão da Central do Pego, que terão o final em novembro deste ano, Ricardo Beirão perspetiva que poderá ser um somatório “se a Central do Pego enveredar por esse caminho temos o início do 'cluster' do hidrogénio”.

E nesta linha adiantou que há ainda um outro projeto em vista para o Médio Tejo. Ricardo Beirão disse não poder revelar mais pormenores sobre este investimento, mas que se trata de uma unidade de produção de hidrogénio, mas só para a mobilidade.