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Francisca Laia

Seleção feminina de canoagem parte de patamares distintos rumo a Tóquio2020

11/05/2021 às 15:22
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O grupo feminino português em busca dos últimos lugares na canoagem para Tóquio2020 está unido na ambição, mas, na Hungria, parte de patamares distintos, desde a procura da confirmação do valor ao reajustamento de objetivos em pouco tempo.

“Seria uma sensação muito importante apurar-me, tenho trabalhado estes anos todos… Em 2016, não consegui e é o grande sonho de qualquer atleta estar presente. Tenho o apoio de toda a família e queria dedicar este apuramento à minha mãe”, diz Joana Vasconcelos, que perdeu a progenitora, inspiradora da sua carreira, há alguns anos.

Joana Vasconcelos, sexta classificada em Londres2012 em K4 e K2 500, falhou o Rio2016 por um triz e agora, a partir de quarta-feira, em Szeged, aposta tudo no K1 500 para voltar a ser feliz.

“Tenho esse grande sonho, mas não posso prometer (o apuramento). É dar o melhor de mim. É colocar em prática o trabalho feito nestes anos”, completou a atleta treinada por Hélio Lucas, que desde sempre orientou a carreira de Fernando Pimenta, e que, se não for bem-sucedida, tem uma segunda oportunidade, uma semana depois, na II Taça do Mundo, na distante cidade russa de Barnau – 3.600 quilómetros a este de Moscovo – apenas para mais um K1.

A médica Francisca Laia perdeu por um décimo de segundo a possibilidade de forçar um ‘tira-teimas’ com a experiente Teresa Portela para disputar a vaga portuguesa em K1 200 em Tóquio2020, sendo, por isso, forçada a reformular objetivos: em menos de duas semanas, formou um K2 500 com Sara Sotero, coordenadas pelo técnico Leonel Correia.

“Este K2 é o que ainda é possível (rumo a Tóquio2020). Não temos muito tempo de preparação, mas encaixámos muito rápido. Acredito que vamos ser competitivas. Estamos motivadas e preparadas. Será improvável, mas não impossível. Há uma oportunidade na linha de meta a cabe-nos agarrá-la”, vincou canoísta mestre em medicina desportiva e que esteve no Rio2016 em K1 200.

Sara Sotero, mestre em sistemas de informação de gestão, é ainda sub-23 e “pouco habituada a competições seniores”, facto que, acredita, até pode ser positivo: “Eu não as conheço, mas elas a mim também não.”

O quinteto feminino fica completo com a jovem C2 1000 de Inês Penetra e Beatriz Lamas, trabalhadas pelo técnico Jaroslav Radon e uma aposta para Paris2024, mas que vem em busca de um dia perfeito que possa antecipar a ilusão olímpica.

Kevin Santos em K1 200, Bruno Afonso e Marco Apura em C2 1000 e Rúben Boas e João Pereira em K2 1000 completam a equipa de 10 canoístas em seis tripulações desejosas do derradeiro bilhete para Tóquio2020.

Lusa