Jogos Olímpicos Rio Maior volta a servir de base à missão do Brasil aos Jogos Olímpicos
O Centro de Alto Rendimento de Rio Maior vai voltar a acolher atletas olímpicos brasileiros de várias modalidades já este ano e até aos Jogos Olímpicos Paris2024, à semelhança do que aconteceu para Tóquio2020.
À agência Lusa, o presidente do Comité Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, confirma que Rio Maior “foi fundamental para o sucesso do Brasil” na capital japonesa e, a caminho de novos Jogos, esta “ótima estrutura” que “acolhe muito bem” vai continuar a servir de base.
“Decidimos dar continuidade a essa parceria até Paris2024, e várias modalidades passarão por Rio Maior já este ano, como natação, atletismo, triatlo, voleibol e andebol”, destaca o dirigente.
A “necessidade das federações” vai ditar quantos atletas passarão por Portugal nos próximos anos e pelo centro na cidade do distrito de Santarém, que é já “uma porta de entrada para os atletas olímpicos brasileiros na Europa”.
Segundo Wanderley, a seleção de voleibol masculina estará no centro em agosto, antes do Mundial, e olhando para a frente o objetivo é conjugar esta “base permanente para certas equipas brasileiras” com a parceria assinada quinta-feira em Saint-Ouen.
Para acolher a logística dos 300 a 350 atletas brasileiros que vão participar nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, o Comité Olímpico Brasileiro vai mudar-se de armas e bagagens durante mais de um mês para Saint-Ouen, uma cidade nos arredores de Paris.
Se no ciclo olímpico anterior, 119 dos 312 atletas apurados passaram por Portugal, e não só por Rio Maior, não há “um número exato” para este, depois de 21 medalhas conseguidas em Tóquio2020.
“O objetivo é sempre apresentar uma evolução nos resultados em relação à edição anterior. Melhorámos o nosso desempenho do Rio2016 para Tóquio2020, e agora esperamos fazer o mesmo em Paris2024”, afirma.
O dirigente espera pelos vários Mundiais no ano de 2023 para aferir melhor em quantas modalidades o país estará presente, mas a “tradição” do Brasil em Jogos gera expectativa em modalidades como o judo, o voleibol e o surf, entre outras.
Em Tóquio, o Brasil apresentou-se com a melhor delegação de sempre em Jogos fora do seu país, e mais de um terço treinou em Portugal, em grande parte devido à pandemia de covid-19.
A Missão Europa, desenhada pelo COB, trouxe para Portugal mais de duas centenas de atletas, dos quais 119 participaram em Tóquio2020, de 16 modalidades que conseguiram apuramento, ‘desbloqueando’ a possibilidade de treinar e competir de muitos atletas.
O COB realçou ainda o impacto desta deslocalização, para Rio Maior, que foi o epicentro da Missão Europa, mas também para outras localidades, como Coimbra, Cascais, Sangalhos, Vila Nova de Gaia, Funchal e Nazaré.
Em junho de 2020, face à impossibilidade de treinar nas melhores condições no seu país, devido à pandemia de covid-19, o COB encetou esta missão, que considerou bem-sucedida.
Lusa