Desporto

Abrantes: Pilotos fizeram partida simbólica para as 24 Horas de Fronteira

22/11/2017 às 00:00

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Abrantes: Pilotos fizeram partida simbólica para as 24 Horas de Fronteira

A Praça Barão da Batalha, em Abrantes, recebeu ontem ao final da tarde, os pilotos e as equipas técnicas do concelho, que irão participar na 20ª edição das 24 Horas de Fronteira, a disputar no próximo fim-de-semana, dias 25 e 26 de novembro.

A partida simbólica esteve a cargo do CAMP - Clube Aventura e Motorizado do Pego e da Câmara Municipal de Abrantes. Na cerimónia para além dos pilotos, equipas, familiares e amigos, esteve presente Luís Filipe Dias, vereador com o pelouro do Desporto na CM de Abrantes, Bruno Tomás, presidente da União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede e Bia Salgueiro, presidente da JF do Pego.

Os três congratularam-se com a participação de cerca de 16 pilotos abrantinos na prova de Todo o Terreno em Fronteira e referiram ser importante voltar a recuperar a tradição do automobilismo em Abrantes.

A mensagem foi também reforçada por Rui Gonçalves, presidente da direção do CAMP, que classificou a partida simbólica de ontem para as 24 Horas de Fronteira como um primeiro passo para a recuperação da modalidade e tradição em Abrantes. “Queremos demonstrar ao concelho que estamos cá para despertar estas míticas provas que haviam em Abrantes - o moto cross, os ralis, etc. Estamos cá para recuperar essa tradição juntamente com a Câmara, com a qual temos trabalhado sobre essa situação. Com calma, as coisas vão voltar”, garantiu Rui Gonçalves.

“Já pensámos e eu já o disse aos microfones da Antena Livre que a minha ideia é fazer o Rali de Abrantes, não digo que seja já para 2018, mas temos trabalhado nisso com a Câmara”, salientou o presidente do CAMP.

Rui Gonçalves, Luís Filipe Dias e Bia Salgueiro

Rui Gonçalves avançou que serão cerca de “16 concorrentes de Abrantes” que vão estar na 20ª edição das 24 Horas de Fronteira, mas que há muitos “pessoas envolvidas”, para além dos pilotos. São “cerca de meia centena, desde mecânicos, seguranças, comissários de pista…Todos eles de Abrantes”.

O responsável lembrou que se trata de uma competição “mítica, onde todos os concorrentes gostam de fazer as 24 horas e no total são cerca de 90 carros”.

“A prova acontece na vila de Fronteira e é a mítica prova de todo o terreno. A única que existe em Portugal”, aludiu, tendo destacado ser esta a edição com mais participações de pilotos abrantinos.

Uma das grandes novidades, das 24 Horas TT Vila de Fronteira, prende-se com a participação do clã Santinho Mendes, de Abrantes.

Presentes, na mesma equipa, vão estar as três gerações de Campeões, da família Mendes. Campeões que passam pelos Ralis, Velocidades, Todo-o-Terreno, Autocross e Rali cross, títulos já conquistados por três dos pilotos da equipa.

Vão competir na mesma equipa, António Santinhos Mendes, o decano da equipa, seus filhos Vitor e José Mendes, bem como o seu neto, também de nome António Santinho Mendes.

Em entrevista à Antena Livre, avô e neto referiram que é com entusiasmo que estão lado a lado numa competição.

“Esta iniciativa aconteceu porque em primeiro lugar, o António já tem idade para ir com a gente. Segundo, porque esta é uma iniciativa do meu Vitor Hugo que se lembrou que três gerações é fazer algo inédito. E depois de falarmos chegámos a um acordo e aqui estamos preparados para ir fazer estas 24 horas”, explicou António Santinho Mendes.

Já o júnior Santinho Mendes disse querer dar o seu melhor, mas como é a primeira vez que participa numa prova deste género, não será tarefa fácil. “Tenho noção que não estou habituado a este tipo de carro e prova, sendo que é a primeira vez que vou fazer este tipo de provas. Mas vou dar o meu melhor e fazer o que sei dentro desta área e vamos ver como corre”, disse.

Quanto a objetivos, o decano da equipa disse que há que ter em conta as condições meteorológicas até aos dias da prova. “Temos de ter em conta que há muito tempo que não chove e, por isso, penso que vai ser uma prova muito muito difícil. Se tivermos a sorte de chover, as coisas podem melhorar. Se não chover, penso que a prova vai ser muito muito complicada, porque é uma zona de muito pó e para nós é muito pior guiarmos com pó. Conduzimos muito melhor com lama e com o piso molhado do que no pó, porque no pó não se vê e temos de parar”.

“As coisas a correrem bem penso que conseguiremos ficar nos 15 primeiros. Ganhar não, porque temos carros em prova feitos só para isto, são muito potentes e com excelentes pilotos. Ficarmos entre os 15 ou 20 primeiros lugares já será bom”, fez notar António Santinho Mendes.