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Redução do horário de funcionamento da CGD deixa autarcas revoltados | COM SOM

5/01/2017 às 00:00
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Os presidentes dos municípios de Vila Nova da Barquinha e Constância, contestaram esta quarta-feira uma “inaceitável” redução de horários de diversos balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD), medida que dizem não servir as populações.

Contactada pela agência Lusa, a assessoria da CGD disse que prestará "oportunamente" esclarecimentos sobre este processo.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, Fernando Freire (PS), disse à Lusa ter tido conhecimento de que, "no âmbito do processo de reestruturação da CGD, algumas das agências do país sofrerão reduções de pessoal e no horário de atendimento ao público em janeiro”.

Entre as zonas abrangidas está a Barquinha, mas também, apontou, "Constância, Sardoal, Alcanena e Ferreira do Zêzere", todos municípios do Médio Tejo, no distrito de Santarém.

A CGD é o único banco que existe no concelho de Vila Nova da Barquinha, com cerca de oito mil habitantes.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha lembra que “o Programa do XXI Governo Constitucional assumiu, entre os seus objetivos prioritários, a afirmação do «interior» como um aspeto central do desenvolvimento económico e da coesão territorial. Todavia, ao arrepio deste objetivo prioritário, somos agora surpreendidos com a redução do atendimento do balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), um banco público, cujo horário de atendimento será fixado, ao que tomámos conhecimento, entre as 8:30 as 12:30, encerrando da parte da tarde, nos balcões de Vila Nova da Barquinha, Constância, Sardoal, Alcanena e Ferreira do Zêzere”.

“Verificamos, com enorme inquietação, que prosseguem a fuga de serviços públicos aos concelhos do interior negligenciando serviços de qualidade e de proximidade aos cidadãos aqui residentes” e lembra que a CGD é o único banco que existe no concelho depois da saída do BPI e do Novo Banco.

Apesar do esforço do Município no desenvolvimento de fomento económico e na revitalização do tecido económico existente é com profunda estranheza e revolta, que a Câmara Municipal toma conhecimento desta decisão do Conselho de Administração da CGD.

Também a Câmara Municipal de Constância já reagiu a esta medida do processo de reestruturação da Caixa Geral de Depósitos e informa que, “tratando-se de um banco público e não obstante compreender a necessidade de reestruturação, as alterações não podem comprometer o interesse dos utentes em geral e dos trabalhadores por conta de outrem em particular. Não obstante acreditarmos na boa vontade dos trabalhadores da Agência de Constância, no sentido de serem flexíveis às necessidades dos utentes, consideramos que a redução de um posto de trabalho sobrecarregará os restantes funcionários, com prejuízos para os mesmos, uma situação que se considera inaceitável”.

Ambos os autarcas referem que “já foram tomadas diligências necessárias junto das entidades competentes, com vista a inverter a situação”.

C/ Lusa

(Créditos fotográficos: Pérsio Basso, CMVNB)