Constância O cântaro é Peça do mês no Museu dos Rios e das Artes Marítimas
O cântaro é a Peça do mês em destaque no mês de março, no Museu dos Rios e das Artes Marítimas, em Constância, uma peça que data de meados do século XX e foi adquirida pelo município para o espólio do museu, em 1990.
O cântaro é um recipiente bojudo, em barro, com gargalo e asa, para transportar e armazenar a água que se ia buscar às fontes, poços, rios, etc.
Antes da chegada da água canalizada às nossas casas, este bem essencial obrigava a muitas idas à fonte para garantir o abastecimento das habitações, sendo geralmente necessários 3 a 4 cântaros diários. Além do transporte para consumo doméstico, muitas mulheres ganhavam a vida com o abastecimento de água a outras casas, a troco de 2 ou 3 tostões por cântaro. Era uma tarefa essencialmente feminina, mas muito dura, pois, se no inverno a água da fonte corria bastante, no verão quase secava e, para encher os cântaros, demorava-se muito tempo, o que ocasionava nesses locais não só discussões e brigas mas também o início de muitos namoricos.
Em tempos idos, os cântaros eram transportados à cabeça, equilibrados pela rodilha que, na maioria das vezes, não passava de um pano enrolado em forma de anel e, se necessário fosse, ainda levavam um cântaro, ou bilha, preso no quadril.
A Peça do mês está exposta numa das salas do museu, onde pode ser apreciada e a sua divulgação é efetuada através das páginas de Facebook do Museu dos Rios e das Artes Marítimas e do Município de Constância.