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Abrantes

MUSP quer requalificação do degradado largo da estação do Rossio (c/áudio)

12/04/2023 às 19:32
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O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) do Distrito de Santarém está a realizar, ao longo desta semana, uma série de ações em defesa de “melhores acessibilidades e transportes/mobilidade” na região.

Na base do protesto, e de acordo com os dirigentes do MUSP, estão “inúmeros problemas com que os utentes se confrontam”, nomeadamente nas estradas nacionais 118, 119, 3, 114, 357 e 238, no Itinerário Complementar 2 e em estradas municipais em cada um dos concelhos deste território, afirma o MUSP do distrito de Santarém em comunicado.

O movimento aponta falhas nos transportes rodoviários de passageiros, com “insuficiência da rede de carreiras que garanta a cobertura eficaz do território”, seja na ligação entre as cidades e as zonas rurais, seja entre o transporte rodoviário e o transporte ferroviário ou ainda “no funcionamento dos transportes urbanos, em todos os dias da semana e em todo o ano”.

E foi em relação a esta ligação da ferrovia aos transportes rodoviários que um grupo do MUSP esteve na tarde desta quarta-feira, dia 12, no largo da Estação do Rossio a distribuir panfletos aos passageiros que entravam e saíam da estação. O MUSP defende, neste local, a requalificação “dos espaços anexos à estação; a modernização da linha do Leste que liga a linha da Beira Baixa, de Abrantes, a Badajoz; o funcionamento de todas as estações e apeadeiros com a promoção do transporte ferroviário; e a articulação dos horários dos transportes ferroviários e rodoviários.”

Luís Alves, membro do MUSP e ex-presidente da Junta da União de Freguesias de S. Miguel e Rossio, disse à Antena Livre que Abrantes merece mais do que tem. “Esta é a grande porta de entrada de Abrantes pela ferrovia. As pessoas utilizam o comboio como meio de transporte e depois chegam aqui e têm esta zona completamente degradada e indigna nos dias de hoje. Não podemos aceitar que a estação tenha sido recuperada no interior e no exterior, cuja responsabilidade é da Infraestruturas de Portugal (IP), esteja neste estado”, explicou Luís Alves.

 

Luís Alves, MUSP

Estas questões que foram levantadas pelos ativistas numa reunião com a vereadora da autarquia abrantina. Raquel Olhicas ouviu as preocupações do movimento e segundo Manuel Soares, porta-voz do MUSP, “iria saber junto da IP em que ponto está a questão do estudo e da eventual adoção por parte da IP desse estudo.”

Manuel Soares lembrou que ainda antes de haver um movimento de utentes de serviços públicos já esta reparação ou requalificação do largo da estação do Rossio andou na “baila”.

 

Manuel Soares, MUSP

De referir que a requalificação do largo da estação do Rossio, da responsabilidade da IP, anda a ser falado há quase dez anos.

Na terça-feira, dia 11, à margem da reunião do Executivo Municipal de Abrantes, o presidente Manuel Jorge Valamatos, revelou que há processos com a IP que têm de avançar. Um é o troço da Nacional 2, entre as rotundas de Olho-de-Boi e Barreiras do Tejo e outro é este largo da estação. De acordo com o autarca “tínhamos chegado a acordo [com a IP] que eles avançavam com o projeto e, eventualmente, o Município poderia ser o dono da obra.”

 

Manuel Jorge Valamatos, presidente CM Abrantes

O MUSP vai continuar a realizar ações de protesto. Manuel Soares destacou os maiores problemas que o movimento quer ver resolvidos para além daquele que tem tido mais visibilidade, a extinção de portagens na A23.

O acesso de veículos pesados das zonas industriais à A23, o problema da circulação de pesados dentro das zonas urbanas ou a necessidade, urgente, de novas travessias sobre o Tejo são outras preocupações do movimento.

Manuel Soares, MUSP

A “semana de luta por melhores acessibilidades e transportes” arrancou na segunda-feira, dia 10, na Estação do Entroncamento, numa ação pela requalificação da estação ferroviária e pela melhoria das ligações ferroviárias e rodoviárias naquele concelho.

No dia seguinte, em Tomar, foi divulgado um documento sobre a “abolição de portagens na A13” e irá realizar-se uma reunião com o Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo “sobre acessibilidades e mobilidade entre unidades de saúde e outros locais de prestação de cuidados”, descreve a nota.

Para esta quinta-feira, dia 13, está agendado um “buzinão” em cinco pontos da Estrada Nacional 118 (em Benavente, Salvaterra de Magos, Almeirim, Alpiarça e Abrantes – em Rossio ao Sul do Tejo) “para exigir a requalificação daquela via da margem sul do Tejo”.

Torres Novas e Santarém são as cidades escolhidas para os protestos agendados para o dia 14, com distribuição de comunicados aos automobilistas, alusivos ao mau estado do piso nas vias torrejanas, e aos utentes dos transportes rodoviários escalabitanos.