Constância Município reclama dos atrasos nos serviços dos CTT
Nos últimos meses tem-se verificado um atraso “inexplicável” na entrega da correspondência no concelho de Constância, uma situação que levou a autarquia a manifestar o seu desagrado, junto da Comissão Executiva dos CTT, e a exigir que sejam tomadas medidas para resolver o problema.
Sérgio Oliveira, presidente da Câmara Municipal, explica que as pessoas “chegam a estar semanas sem receber correspondência e, de repente, recebem dezenas de cartas no mesmo dia”. O autarca adianta que “umas dessas cartas podem não ter importância mas outras têm obrigações a cumprir e são recebidas fora do prazo”. E isso “causa transtornos à vida das pessoas”.
O presidente do Município deu o seu próprio exemplo, quando recebeu a carta para o pagamento do IMI, “duas semanas após o prazo do pagamento”. Sérgio Oliveira reconhece que “felizmente, nós já somos uma geração que funciona mais com o online e não tanto com o correio que recebemos. Já conseguimos ir ao site da Autoridade Tributária e Aduaneira, retiramos a guia e efetuamos o pagamento mas há um conjunto de população, nomeadamente a mais sénior, que não tem esta literacia digital e que são prejudicados. Não só com obrigações fiscais mas também no caso de consultas médicas que são marcadas e as pessoas recebem as cartas depois de já ter passado a data da consulta
O presidente da Câmara disse que “o que pedimos e exigimos é um serviço que funcione pois funcionava bem antes da privatização dos CTT... não percebemos as razões para a qualidade do serviço ter decaído desta forma e que está a causar tantos transtornos à população”.
Sérgio Oliveira adianta ainda que “sabendo que isto não é um caso isolado, só do concelho de Constância, mas de vários concelhos no país, pedimos que o Estado, através do contrato que tem com os CTT, exija que o serviço tenha qualidade e funcione”.
A Câmara Municipal de Constância, manifestou “o seu profundo descontentamento por esta situação”, e enviou um ofício à Comissão Executiva dos CTT a “exigir que sejam tomadas medidas com vista a inverter esta situação”. O ofício foi enviado esta semana e a Câmara Municipal encontra-se a aguardar resposta.