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Chamusca

Município apresenta projeto RUSCha - Uma Rede de Sabedoria

26/10/2023 às 09:43
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O Município da Chamusca apresentou recentemente, no cineteatro, o projeto RUSCha – Rede de Universidades Sénior do Concelho da Chamusca, numa iniciativa que marcou o arranque do novo ano letivo 2023/2024 e que deu a conhecer o novo modelo colaborativo que pretende agregar as Universidades Sénior do concelho.

A RUSCha é um projeto promovido pela Câmara Municipal da Chamusca em parceria com as Juntas de Freguesia do concelho, que aponta para um modelo evolutivo da Educação Sénior e tem como objetivo “promover e fortalecer o envelhecimento ativo e saudável da população idosa, garantindo igualdade de acesso a oportunidades educativas e culturais de qualidade em todas as freguesias do concelho, bem como estimular a participação ativa e inclusiva dos idosos no desenvolvimento das suas comunidades”.

A rede conta atualmente com mais de 100 seniores inscritos, das várias Freguesias do concelho, sendo que a expetativa é que este número aumente à medida que o projeto avance. Do plano curricular fazem parte 13 disciplinas do tronco comum, sete das quais aulas práticas de duas horas por semana e seis de aulas teóricas de uma hora por semana.

Na componente prática, os alunos vão poder desfrutar de aulas de Relaxamento de Movimento, Artes Performativas, Artes Plásticas e Decorativas, Clube de Jornalismo, Saúde Nutrição e Bem-Estar, Área de Projeto e Formação Musical. O plano mais teórico é composto pelas disciplinas de Conhecimento e Cultura Geral, Direitos e Cidadania, Tecnologias e Inovação, Culturas do Mundo, Ciências e Experiências e Jogos Matemáticos e Raciocínio.

Refira-se que a escolha das disciplinas reflete o resultado de uma consulta feita aos alunos de cada universidade sénior, relevando o facto de querer centrar as prioridades do projeto na vontade e necessidades do seu público-alvo.

No discurso de abertura, o presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado falou sobre a importância de um envelhecimento ativo e referiu que “a RUSCha faz parte do plano de ação da autarquia para o envelhecimento ativo e que era premente criar um modelo de universidades uniforme que agregasse as Universidades Sénior do Concelho, de forma a garantir a igualdade de acesso a oportunidades educativas e culturais de qualidade em todas as freguesias do concelho, e a estimular a participação ativa e inclusiva dos idosos no desenvolvimento das suas comunidades”.

Cláudia Moreira, vereadora com o pelouro da Ação Social, apresentou cada uma das disciplinas do projeto e destacou o compromisso do Município da Chamusca para com as políticas de envelhecimento ativo, sublinhando a importância de adotar estratégias que promovam um envelhecimento ativo e integrado na comunidade. No seu discurso referiu que “o índice de envelhecimento no concelho é de 291 idosos para cada 100 jovens, o que torna o envelhecimento ativo uma prioridade indiscutível do Município. Ao investirmos nesta área saímos todos beneficiados e isso inclui a preservação do tesouro de sabedoria, valores e património inestimável que a população mais idosa traz consigo. O conhecimento acumulado ao longo dos anos é um recurso valioso que enriquece a comunidade e que deve ser valorizado e preservado”.

A apresentação da RUSCha contou com a presença de Paulo Queimado, presidente da Câmara Municipal da Chamusca e dos vereadores Cláudia Moreira e Rui Ferreira, dos presidentes e representantes das Juntas e Uniões de Freguesia do concelho, com Bru Junça, mediadora de leitura e contadora de histórias, professores, formadores, coordenadores e alunos da RUSCha.

Refira-se que atualmente os números de envelhecimento alertam para uma responsabilidade redobrada nesta área, sendo que em 2050, pela primeira vez, haverá mais idosos do que crianças menores de 15 anos e em 2000 já havia mais pessoas com 60 anos ou mais do que crianças menores de 5 anos. O número de centenários aumentará globalmente de 316.600 em 2011 para 3.2 milhões em 2050. Estima-se que haja 55 milhões de pessoas portadoras de demência em todo o mundo e que esse número suba para 78 milhões até 2030 e para 139 milhões até 2050.

Foto: Município da Chamusca