Concelhos Incêndios: Dois bombeiros feridos, sem gravidade, em Abrantes (ATUALIZADA)
Os dois bombeiros da Coprporação de Abrantes que hoje ficaram feridos no combate ao incêndio na aldeia de Lercas, apresentam apenas ferimentos ligeiros. Foram assistidos no local e não houve necessidade de assistência hospitalar.
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Dois bombeiros de Abrantes ficaram hoje feridos quando combatiam as chamas que lavram naquele concelho do distrito de Santarém, disse à Lusa fonte do comando das operações.
Segundo a mesma fonte, os bombeiros sofreram queimaduras de 1º e 2º grau, tendo um deles sido transferido para Lisboa.
"Os dois elementos feridos estavam com um autotanque de Abrantes e sofreram queimaduras de 1º e 2º grau, um num braço e numa mão e o outro numa perna, no combate ao incêndio que lavra em Lercas", Mouriscas, concelho de Abrantes, afirmou.
O incêndio em Abrantes é proveniente do que começou às 00:01 de quarta-feira no concelho de Mação e que também já se propagou para o Sardoal.
Contactado pela Lusa, a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Céu Albuquerque, disse que o fogo encontra-se com “uma frente ativa entre as aldeias de Lercas e de Entre Serras” e tem “vários pontos quentes”.
Segundo a autarca, há registo de “muitas reativações”.
Maria do Céu Albuquerque disse ainda que o incêndio lavra, “para já, sem perigo para as populações”, ainda que se mantenham desde quarta-feira 28 pessoas realojadas, preventivamente, nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Abrantes e do Regimento de Apoio Militar de Emergência.
“O vento que se faz sentir é muito forte e estamos neste momento com meios preposicionados para podermos combater eventuais projeções e evitarmos que este incêndio propague a outras regiões”, avançou a presidente da Câmara.
Relativamente ao concelho de Sardoal, o fogo lavra ao longo da freguesia de Alcaravela, desde o lugar de Tojeira até a aldeia de Vale Formoso, com vários reacendimentos, alguns deles preocupantes, afirmou o autarca Miguel Borges.
“O grande desafio é a capacidade de resposta perante os reacendimentos que possam surgir”, declarou à Lusa o presidente da Câmara de Sardoal, sublinhando que a temperatura está muito elevada e o vento sopra com alguma intensidade.
Segundo o autarca de Sardoal, “nota-se colunas de fumo muito grandes e de muita extensão”.
Miguel Borges disse que não há registo de feridos, nem danos em habitações, informando que foram retiradas 30 pessoas das habitações, por questões de segurança.
Em declarações à Lusa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Mação, António Louro, disse que o "incêndio continua descontrolado e tem três frentes ativas a lavrar com muita intensidade perto das aldeias de Rosmaninhal, Serra, e de Mação, em Cabeça da Cruz".
Pelas 17:15 estavam no terreno a combater as chamas 1.005 bombeiros, apoiados por 290 veículos terrestres e 13 aéreos.
De referir que a Autoestrada da Beira Interior (A23) foi hoje cortada, pelas 16:50, entre o nó de Mouriscas e o nó de Mação, no distrito de Santarém, devido ao incêndio que lavra na região, disse à Lusa fonte da GNR.
De acordo com a GNR, a A23 está interdita ao trânsito nos dois sentidos, por causa do incêndio que deflagrou quarta-feira no concelho de Mação.
Além da A23 estão cortadas duas estradas nacionais no distrito de Santarém: Estrada Nacional 244-3, entre Louriceira e Serra, no distrito de Santarém, e Estrada Nacional 244, entre Mação e Chão Codes.
Lusa