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Especial Festas: Boletim “O Sardoal” comemora 100 edições

18/09/2019 às 00:00
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O Boletim Municipal da Câmara de Sardoal vai sair neste mês de setembro com o nº 100 visível na capa. São 100 edições ininterruptas que, nesta série, tiveram início em 1999.

“O Sardoal”, assim se intitula, é produzido pelo Gabinete de Comunicação da Autarquia e foi com a equipa que falámos.

Paulo Sousa está desde a primeira edição mas relembra que o “obreiro” do Boletim era, na altura, Mário Jorge de Sousa. “Era um Boletim diferente, que deixou de ser um boletim municipal para ser um boletim de informação e cultura e o Mário Jorge conseguia sempre arranjar muitos temas de fora do Município mas que tivessem alguma ligação com o Sardoal, muito por força de não existir no Sardoal nenhum órgão de comunicação social”, explica.

“Tudo passava pelo Mário Jorge, a decisão dos temas, a escrita dos textos”... conta Paulo Sousa, tendo Cláudia Costa acrescentado que “o próprio design era feito por ele, à mão”.

O Mário Jorge “tinha umas páginas A3 dobradas e ia pintando com lápis de cor”. Lápis esses “que fui eu que lhe ofereci”, conta Cláudia entre risos.

Na altura, relembram, “íamos à gráfica, que ficava no Cacém, levávamos a maqueta do Mário Jorge desenhada à mão, o Mário sentava-se ao lado do paginador e ia dando as indicações de como queria as páginas. E passávamos ali um dia inteiro naquilo”.

“Uma ou duas disquetes com os textos, fotografias em papel e o enquadramento que ele fazia das fotografias era com post-it's por cima”, conta Paulo Sousa entre gargalhadas.

Hoje em dia, a equipa que produz o “O Sardoal” aumentou, os meios são diferentes mas “o que nos dá mais gozo continua a ser sair daqui, do gabinete, e ir à procura das histórias. É o que se chama jornalismo de proximidade”, afirma Cláudia Costa embora reconheça que “isso acontece cada vez menos”.

O trabalho em equipa “é essencial pois, por vezes, o texto está dependente de uma fotografia ou vice-versa”. Com a chegada do André Lopes à equipa, muitas vezes o trabalho é repartido. “Pode ir o André ao local, eu depois escrevo e mostro-lhe e o Paulo faz a fotografia”, explica Cláudia.

A equipa é ainda composta pelo João Tiago no design “mas vai ser substituído pela Cláudia porque vai entrar de licença”.

O Boletim “O Sardoal” chega a várias partes do mundo. É procurado “por pessoas que nasceram cá ou que têm aqui as suas raízes familiares e recebem-no por correio ou via email”, explica Cláudia Costa, acrescentando que “são perto de mil”. Vai até ao Brasil, Estados Unidos... “vai para todo o mundo porque em todo o lado há portugueses e em todo o lado há sardoalenses”, diz, a rir, Paulo Sousa que explica ainda que, no concelho, “é distribuído porta-a-porta”.

“O Sardoal” passou, no início do ano de 2019, a bimestral “mantendo, ao final do ano, o mesmo número de páginas. No entanto, permite-nos acompanhar os acontecimentos mais em cima da hora”.

Para comemorar as 100 edições, o Boletim vai trazer, nas páginas centrais, um artigo relacionado ao tema, “recuando ao tempo em que Luís Gonçalves escreveu a 1ª nota de abertura e contando um bocadinho da história” da publicação. Mas vai haver mais. O Espaço Cá da Terra, no Centro Cultural Gil Vicente, vai acolher a exposição 100 Paragens.

“Vai ser uma exposição que irá ser inaugurada durante as festas e é, essencialmente, documental”, faz notar Cláudia Costa, que informa ainda que estará disponível “uma coleção dos 100 boletins para consulta”.

Já Paulo Sousa esclarece que irão estar patentes “algumas capas do Boletim, sobretudo as alterações gráficas que a capa sofreu desde o nº 1 até agora”.

Patrícia Seixas