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Sardoal

3.º Festival da Couve de Valhascos com Azeite Novo é já este fim de semana(C/ Áudio)

9/11/2023 às 10:44
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O 3.º Festival da Couve de Valhascos com Azeite Novo terá lugar no próximo fim de semana, dias 11 e 12 de novembro, numa organização da Associação Cultural e Desportiva de Valhascos em parceria com o Município de Sardoal, a Junta de Freguesia de Valhascos e a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior.

O Festival tem como objetivo divulgar a couve e o azeite, “com forte tradição no concelho”, como nos explicou Fausto Jesus, presidente da Associação Cultural e Desportiva de Valhascos.

 

O evento terá início às 17 horas de sábado, dia 11, com a apresentação das Couves Candidatas ao prémio Couve de Valhascos 2023 e uma conversa, em formato mesa-redonda, em torno da Couve de Valhascos. Às 20 horas terá início o jantar com Couve de Valhascos e Azeite Novo com uma ementa confecionada pelo Chef José Fernandes. A noite será ainda animada musicalmente pelo fadista Luís Travassos.

No dia 12 de manhã, domingo, decorrerá uma Caminhada subordinada ao tema “Pelas Terras da Couve, do Pão e do Vinho” e à tarde, a partir das 14 horas, terá lugar o Mercado da Couve de Valhascos e Feira de Vinhos, com o apoio da TAGUS. Às 16 horas terá início o Magusto de S. Martinho que será animado pelo Grupo de Concertinas “Os Terra da Couve de Valhascos”.

A participação em algumas iniciativas do Festival está sujeita a inscrição prévia, que pode ser efetuada na Associação Cultural e Desportiva de Valhascos, através dos telemóveis 967 145 035 ou 964 890 747 ou online através dos links disponibilizados na página de Facebook ACD Valhascos.

 

A Couve de Valhascos

A Couve de Valhascos tem sido alvo de diversos estudos genéticos, agronómicos, bem como das suas propriedades nutricionais e gustativas. Pertencendo à família das couves tronchudas, é uma couve de grande porte, e produz um repolho central, bastante compacto e pesado, de cor verde-escura. Acredita-se que a sua qualidade está relacionada com a localização geográfica da aldeia, cujo terroir enaltece as suas melhores características.

A Couve de Valhascos deve ser semeada em junho ou plantada em setembro e outubro para consumir entre setembro e março. O cultivo pode ser feito nos quintais e habitações de Valhascos e nas hortas.

Dizem os habitantes da aldeia que o início de setembro até outubro é a melhor altura para o plantio para ter uma melhor produção. Há mesmo quem diga que deve ser semeada por alturas do Santo António, pois os períodos de plantio ou sementeira têm uma interferência nas propriedades nutricionais da couve.

Com a designação técnica de “Brassica Oleracea”, ou seja, da espécie das couves, pertence às variedades da couve tronchuda. A explicação técnica foi feita por Catarina Lourenço “mesmo sob protesto dos agricultores locais que dizem que não é tronchuda porque faz um olho, uma bola”.

De acordo com um painel informativo colocado na Associação Cultural e Recreativa de Valhascos, os nomes mais comuns apontam a “couve de folhas, couve portuguesa, tronchuda ou couve de Portugal.”

Tecnicamente, a Couve de Valhascos aponta para uma leguminosa de clima mediterrâneo e que pertence à família das crucíferas ou brássicas. Na descrição o seu tamanho é caracterizado “como grande e com um peso que pode ir dos 3 aos 5 quilos e um diâmetro inferior a 90 cm com caule grosso e longo, 10 a 12 folhas de pecíolo e folha arredondada elíptica ou reniforme com cicatriz foliar grande. Cor verde a verde clara. Couve muito tenra, adocicada e aromática.”

A flor pode ser amarela ou branca, são hermafroditas, autoférteis e são, na maioria, polinizadas por abelhas. É uma couve comestível desde o pé, folhas e o olho.