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Educação

Constância: Alunos do 10º ano envolvidos em “Maratona de Cartas” pelos Direitos Humanos

5/12/2017 às 00:00
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Artigo 1.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”.

Integrado na componente curricular de Cidadania e Desenvolvimento, no âmbito do Projeto de Autonomia e Flexibilidade, as turmas do 10º ano do Agrupamento de Escolas Luís de Camões, em Constância, estão a levar a cabo a iniciativa “Maratona de Cartas”, que tem como principal objetivo a sensibilização para casos de violação dos Direitos Humanos.

“Maratona de Cartas” é uma atividade da Amnistia Internacional que, no seu site na internet, informa que “todos os anos, durante o último trimestre, a Maratona de Cartas consegue fazer com que mais de três milhões de pessoas em todo o mundo assinem para apelar ao fim das violações de direitos humanos através do envio de cartas. Sendo o maior evento de ativismo da Amnistia Internacional, a Maratona de 2016 não foi diferente e conseguimos enviar 265 665 assinaturas de Portugal, um novo recorde nacional! Todas estas assinaturas foram enviadas em conjunto com mais de 4,5 milhões de apelos, oriundos de diversos países”.

No Agrupamento de Escolas de Constância, a iniciativa está a mobilizar os alunos das duas turmas do 10º ano que têm como objetivo conseguir 1500 assinaturas, “no mínimo”, e recolher o máximo de cartas possível.

Os cinco casos escolhidos para a “Maratona de Cartas” deste ano, passam pela liberdade de expressão, direitos ambientais, violência policial e direitos sexuais e de identidade de género. Foram identificados em lugares do Globo como Palestina, Turquia, Madagáscar, Jamaica e Finlândia.

Olga Antunes, diretora do Agrupamento de Escolas, lembrou aos alunos que este é “acima de tudo, um ato de cidadania” e que “faz com que vocês cresçam enquanto cidadãos e que integrem estas aprendizagens e estes novos conhecimentos no vosso currículo”. Olga Antunes proferiu depois os Artigos 1º e 2º da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

A apresentação decorreu na Biblioteca Escolar e Adriano Teixeira, aluno do 10º ano, referiu que a atividade serve como alerta à comunidade para “pessoas cujos direitos estão a ser violados. Nós queremos ajudá-los a ultrapassar esta fase má”.

Clarisse Junqueira adiantou que os casos deste ano foram identificados pela Amnistia Internacional mas que tiveram a ajuda da professora de português na explicação “caso a caso”.

Mafalda Dias explicou que a atividade também consiste ”em dar a conhecer os casos para tentarmos angariar assinaturas” com o objetivo “destas pessoas poderem vir a ser libertadas pois algumas delas estão presas”.

Já Ana Velho afirmou que as cartas que vão ser enviadas à Amnistia Internacional “vão demonstrar a nossa solidariedade e o nosso empenho para a resolução destes casos”.

Os alunos do 10º ano contam com o apoio dos professores Susana Neves e António Marques que os acompanharam na apresentação e que esperam que esta iniciativa seja um despertar de consciências para os mais jovens e que a comunidade se possa também envolver no projeto.

A “Maratona de Cartas” vai agora ser apresentada a todas as turmas do Agrupamento, incluindo o 1º ciclo, que pode participar com ilustrações nos postais designados para o efeito.

No dia 13 de dezembro, vai realizar-se uma Caminhada, aberta a toda a comunidade, que será depois convidada a conhecer os casos e a proceder às respetivas assinaturas.

“A campanha da Amnistia Internacional “Maratona de Cartas” decorre todos os anos, no último trimestre de cada ano, e celebra-se com maior ênfase por volta do dia 10 de dezembro, do dia dos Direitos Humanos (em que se comemora o dia em que a Declaração Universal de Direitos Humanos foi adotada, em 1948). A Maratona de Cartas tem como objetivo mudar as vidas de pessoas ou comunidades que sofreram ou estão em risco de sofrer violações de Direitos Humanos. Para isso, todo o movimento concentra a sua energia em conseguir o maior número possível de assinaturas em todo o mundo, para que o nosso trabalho de pressão aos governos encontre o apoio de milhões de pessoas”, lê-se no site da Amnistia Internacional.